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Provável candidato a PGR nega ligação com Flávio Bolsonaro, já foi réu por falsificação e teve aposentadoria cancelada

O subprocurador Antônio Carlos Simões Martins Soares negou que tenha algum envolvimento com Flávio Bolsonaro ou com seu advogado. (Foto: Divulgação/MPF)

O nome do subprocurador-geral Antônio Carlos Simões Martins Soares mostrou-se como favorito para assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR) no lugar de Raquel Dodge, nesta segunda-feira (19). No final de semana, o presidente Jair Bolsonaro disse a auxiliares do Planalto que Soares poderá ser escolhido. Desde então, a suposta conexão dele com o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), gerou forte reação de procuradores da República nas redes sociais. Entretanto, o subprocurador nega a conexão. Ele afirma que mantém boa relação com os militares e tem mantido contatos desde a campanha eleitoral do ano passado. Ao se defender, ele também criticou a atuação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Além disso, o subprocurador-geral já foi acusado de falsificar a assinatura do próprio advogado numa queixa-crime que moveu em 1990 contra Maria do Carmo F. Alves, por supostas declarações difamatórias. Por ser procurador da República em Minas Gerais na época dos fatos, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) aceitou a denúncia contra ele em 1995.

Em 2013, Soares foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por aposentadoria irregular e foi obrigado pela Corte a voltar ao trabalho. De acordo com os técnicos do tribunal, o procurador não poderia incluir o tempo de advocacia e o tempo como estagiário na conta do tempo de serviço sem que ele tivesse feito as contribuições previdenciárias devidas. No fim do julgamento, os ministros determinaram que a aposentadoria deveria ser interrompida e que Soares e um outro procurador na mesma situação voltassem ao trabalho. Ele retornou à função em agosto de 2015. Logo depois, foi promovido a subprocurador.

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