Ícone do site Jornal O Sul

PSB defende renúncia de Michel Temer, mas não abriu mão do Ministério de Minas e Energia

Carlos Siqueira preside o PSB. (Foto: ABr)

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o secretário-geral do partido, José Renato Casagrande, informaram que a legenda decidiu fazer oposição ao governo e passará a defender a renúncia do presidente Michel Temer. Apesar disso, não abriu mão do comando do Ministério de Minas e Energia.
Casagrande disse que a nomeação de Fernando Coelho Filho foi uma escolha pessoal de Temer, não uma indicação do partido. Portanto, a decisão de Coelho Filho de permanecer ou deixar o cargo deverá caber ao próprio ministro, na avaliação do secretário-geral do PSB.

Segundo o presidente e o secretário-geral da legenda, o PSB também passará a defender a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição para a realização de eleições diretas no caso de vacância do cargo de presidente da República.

A decisão do PSB é anunciada em meio à maior crise política enfrentada por Temer desde que ele assumiu a Presidência da República, causada pelas delações dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS/Friboi, e de Ricardo Saud, diretor da J&F.

“Nós nunca fomos governo porque, desde o começo, nos negamos a indicar cargos, muito embora tenha o ministro indicado por setores do partido. Mas a decisão de hoje, primeiro, é sugerir ao presidente que, para facilitar a solução para o nosso país, que ele renuncie o mais rápido possível. Segundo, foi referendado meu ato de já ter assinado o impeachment contra o presidente Temer com outros partidos”, declarou Carlos Siqueira.

“O PSB tomará uma decisão de sugerir a renúncia do presidente, porque ele perdeu as condições de governar o País. (…) Quem conclui que o presidente não tem mais condições de liderar um projeto nacional se coloca de fato na oposição”, disse Casagrande, ex-governador do Espírito Santo.

Sair da versão mobile