O PSDB apresentou nessa quarta-feira relatório de auditoria independente que o partido realizou dos sistemas de votação e apuração do segundo turno das eleições de 2014. No documento, o partido afirma que o sistema atual do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é impossível de ser auditado e sugere que o tribunal adote o voto impresso como alternativa para a checagem dos votos.
O PSDB disse que não foram encontradas fraudes no processo, mas alega que o sistema eleitoral não está projetado para permitir auditoria externa independente e efetiva. Segundo o relatório, o fato de fraudes não terem sido encontradas não é um reconhecimento de que o sistema brasileiro é inviolável, mas sim que é inaferível ou inauditável.
Segundo o coordenador jurídico nacional do PSDB, Flávio Pereira, o processo de auditoria do sistema de votação durou dez meses e custou cerca de 1 milhão de reais. Pereira também explicou que tentou contratar um especialista norte-americano para trabalhar na auditoria.
“A contratação foi negada pelo TSE, porque feriria, segundo o tribunal, a soberania nacional ao fornecer dados do sistema eleitoral brasileiro para um estrangeiro”, contou. Em novembro do ano passado, o TSE decidiu liberar para o PSDB programas eletrônicos e arquivos gerados na votação eletrônica, incluindo dados das urnas e do sistema de transmissão das informações. Inicialmente, o partido havia pedido uma verificação oficial, com participação do tribunal e de todos os partidos políticos, o que foi negado pelo TSE. (AG)
