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Qual a ilegalidade que há nisso? qual a imoralidade que há em tratar desse tema com um colega meu?”, questionou ministro Geddel.

Geddel Vieira Lima admitiu ter tratado sobre o tema com Calero, mas foi uma conversa entre colegas. (Foto: Valter Campanato/ ABr)

Acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter feito pressão para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovasse um empreendimento em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, admitiu ter tratado sobre o tema, mas disse que o agora ex-colega de Esplanada contou “verdades e inverdades”. “Qual a ilegalidade que há nisso? Qual a imoralidade que há em tratar desse tema com um colega meu?”, questionou.

Geddel nega que tenha havido um desentendimento com Calero e declarou que era “inverdade” que teria dito que pediria a cabeça da presidente do Iphan. “Aí há um certo exagero.” A verdade, segundo ele, é que o tema foi tratado assim: “Calero, tem que tomar cuidado com isso. Esse assunto está em discussão na Bahia há muito tempo. Está judicializado.”

Conforme o ministro, ele tem uma “promessa de compra e venda” de um apartamento no empreendimento, no 23 andar. O Iphan só autorizou a construção até o 13 andar.

Brigas

Geddel Vieira Lima já brigou publicamente com um banqueiro e com vereadores em favor do empreendimento imobiliário La Vue, que vai ser erguido na Ladeira da Barra, em Salvador, na Bahia.

Em publicação no Twitter em 10 de julho de 2015, Geddel acusou os vereadores locais de estarem sendo assediados pelo banqueiro Marcos Mariani para serem contra o empreendimento imobiliário. A família Mariani é uma das controladoras do banco BBM e possui uma mansão vizinha à obra. A declaração de Geddel gerou constrangimento entre os vereadores, que ameaçaram processar o peemedebista e convocá-lo para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal de Salvador.

O bate-boca continuou. Geddel respondeu novamente pelas redes sociais, afirmando que seu foco não era os vereadores, mas “o banqueiro que, para preservar seus privilégios, tenta pôr em risco empregos em Salvador”. Os vereadores não levaram à frente a ideia do processo contra Geddel.

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