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Após ataque hacker, o site do Tribunal de Justiça gaúcho já funciona parcialmente

Interrupção é causada pela pandemia e ataque hacker aos sistemas. (Foto: Divulgação/TJ-RS)

Transcorridos 12 dias desde que um ataque cibernético por hackers paralisou sistemas de informática do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), no final da tarde desta segunda-feira (10) a instituição informou que o seu site – tjrs.jus.br – voltou a funcionar. Os serviços virtuais, no entanto, ainda não estão disponíveis em sua totalidade.

“A fase é de restauração e, em razão disso, alguma instabilidade eventual pode ser registrada e alguns links poderão estar indisponíveis”, alertou a Corte em mensagem publicada no próprio site. “A área técnica segue trabalhando para o restabelecimento pleno do acesso aos serviços e sistemas com brevidade.”

Ainda de acordo com o TJ, a consulta às plataformas recuperadas, bem como às normativas publicadas no período de instabilidade dos sistemas, pode ser realizada por meio de links divulgados na página de abertura do portal.

Na última sexta-feira (7), já haviam sido restabelecidas sistemas que, embora de uso do público interno do Judiciário estadual, possibilitam movimentações. É o caso da consulta e carga de processos físicos e pré-cadastro para digitalização.

Investigação

Conforme a presidência do TJ-RS, uma análise mais detalhada sobre a invasão hacker – cometida no dia 28 de abril – deve ser finalizada e entregue à Polícia Civil ainda nesta semana.

O incidente afetou drasticamente o funcionamento de praticamente todo o sistema de informática da Justiça gaúcha, não apenas em Porto Alegre, em um tal estimado em mais de 18 mil computadores.

Ainda não há informações sobre a autoria ou motivação do ataque, considerado sem precedentes na história gaúcha e que pode inclusive ter sido articulado e realizado a partir de outro país. Também ainda não se tem uma dimensão exata de todos os danos causados, seja em termos processuais, profissionais, financeiros ou mesmo sociais.

No começo da semana passada, informações extraoficiais e declarações de magistrados ligados à cúpula do órgão chegaram a mencionar um pedido de resgate em bitcoins (uma das modalidades de moedas virtuais) para destravar o sistema.

Técnicos do Núcleo de Inteligência do TJ e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) colaboram no caso, que está aos cuidados da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O Ministério Público (MP) também prestam apoio à investigação.

(Marcello Campos)

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