A filial da Al Qaeda no Oeste da África lançou um vídeo para recrutar negros americanos e muçulmanos, que inclui um clipe do pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump defendendo que muçulmanos sejam proibidos de entrar no país. A gravação de 51 minutos, produzida pelo grupo militante Al Shabab, baseado na Somália, diz que há racismo institucionalizado e segregação religiosa nos EUA, e que o fundamentalismo é a maneira de combater isso.
No clipe de Trump, ele defende a paralisação “total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos”. O vídeo, que de acordo com o grupo de monitoramento Site Intel foi divulgado pelos extremistas na sexta-feira pela internet, apresenta vários americanos que morreram lutando pelo islamismo radical na Somália, e encoraja jovens norte-americanos a seguir o exemplo dos que morreram. O Al Shabab combate o atual governo somali, que é apoiado por tropas da União Africana.
As imagens aparecem entre dois clipes do líder militante Anwar al-Awlaki, morto em um ataque com drone no Iêmen em 30 de setembro de 2011, dizendo que os muçulmanos nos EUA enfrentariam a escolha entre deixar o país americano rumo a nações islâmicas ou ficar e se tornar um combatente do Ocidente. O pedido de Trump para os EUA barrarem os muçulmanos foi amplamente condenado por políticos americanos. (AP e Folhapress)
