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Reféns israelenses devem começar a ser libertados nesta segunda-feira de manhã

Mais da metade do território palestino segue ocupado pelo exército israelense. (Foto: Divulgação/Exército de Israel)

Um alto dirigente do grupo terrorista Hamas declarou à agência de notícias AFP que a libertação dos 48 reféns retidos em Gaza começará na manhã desta segunda-feira (13), no horário local. Segundo Osama Hamdan, representante do grupo, a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos começará na segunda-feira pela manhã.

Após o retorno dos sequestrados de Gaza, Israel procederá à libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, segundo os termos da primeira fase do acordo de cessar-fogo assinado por ambas as partes com base em uma proposta dos Estados Unidos.

Encontro no Egito

Ainda na segunda-feira, líderes mundiais irão se encontrar na cidade de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, para finalizar um acordo visando encerrar a guerra em Gaza. A informação foi confirmada pelo governo egípcio à agência Reuters.

Mais de 20 governantes devem participar do encontro, incluindo os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, da França.

A presidência francesa não especificou se Macron se encontrará com Donald Trump.

72 horas

Pelo acordo de paz aprovado na quarta-feira (8), o Hamas tem até 72 horas, a partir do início do cessar-fogo, para libertar todos os reféns. O prazo termina às 6h de segunda-feira (13), pelo horário de Brasília.

A principal dúvida está em relação aos corpos dos reféns que morreram nas mãos dos terroristas. O Hamas alega não saber onde estão os restos mortais e pediu mais tempo para concluir a operação. Segundo a imprensa israelense, oito corpos estão desaparecidos.

Para resolver o impasse, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa com autoridades estrangeiras para ajudar o Hamas a localizar os corpos em diferentes áreas da Faixa de Gaza. As buscas terão apoio de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito.

Entenda o acordo

O plano de paz assinado por Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro por Trump e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia. Veja alguns pontos a seguir.

Reféns: Segundo Israel, o Hamas ainda mantém 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista em 2023. As demais vítimas foram libertas durante a vigência de outros dois acordos de cessar-fogo ou por meio de operações militares israelenses.

A proposta apresentada pelos Estados Unidos determina que o Hamas tem até 72 horas para libertar todos os reféns, vivos ou mortos, após o início do cessar-fogo. Em troca, a expectativa é que Israel liberte quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua. Israel estima que, dos 48 reféns, apenas 20 estejam vivos.

Ataques em Gaza: O plano prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza. Segundo Trump, as Forças de Defesa de Israel irão recuar para linhas acordadas com o Hamas, o que indica que tropas ainda permanecerão no território palestino.

O plano divulgado pela Casa Branca no fim de setembro prevê uma retirada gradual das tropas do território palestino.

Logo após o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses recuaram para uma linha acordada com o Hamas. Com isso, Israel diminuiu a área de ocupação em Gaza de 75% para 53%. O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para todos os cenários e para a operação de retorno dos reféns.

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