Uma operação da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público do Trabalho fechou em Boituva, interior de São Paulo, uma refinaria clandestina de petróleo desviado de dutos da Petrobras no Rio de Janeiro. A refinaria pirata roubava da Petrobras 1 milhão de litros de gasolina por mês.
Quatro pessoas foram detidas e outras onze que trabalhavam no local prestaram depoimento e foram liberadas. O petróleo era retirado de dutos que abastecem a Refinaria Duque de Caxias, no Rio, e transportado em caminhões-tanques para Boituva.
A polícia chegou à refinaria depois de abordar veículos carregados com petróleo durante investigação de roubos de cargas. A estrutura de refino, com tanques, caldeiras e laboratório, estava disfarçada sob a fachada de uma indústria de solventes. A polícia pediu apoio ao Ministério Público do Trabalho em razão das condições de trabalho do local.
Os funcionários manipulavam produtos perigosos sem usar equipamentos de proteção. O dono, o gerente e dois químicos da empresa foram autuados por crime contra a economia popular e a ordem pública, mas acabaram liberados para responder em liberdade.
Análise de amostras colhidas num dos caminhões apreendidos na refinaria de Boituva comprovou que o produto era da Petrobras.