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Relançamento de livro proibido de Hitler causa polêmica na Alemanha

Primeira versão da obra "Mein Kampf". (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez desde a morte de Adolf Hitler (1889-1945), a Alemanha está publicando o tratado político do líder nazista, Mein Kampf (Minha Luta, em tradução livre), o que desencadeou um debate acalorado sobre o texto ser uma diatribe racista inflamatória ou uma ferramenta educacional útil. Os direitos autorais de 70 anos do livro, escrito por Hitler entre 1924 e 1926 e proibido pelos aliados após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), expiram no final deste ano, abrindo caminho para uma edição crítica.

Em janeiro, a obra de duas mil páginas – dividida em dois volumes – estará à venda. Ela é fruto de três anos de trabalho de acadêmicos do Instituto de História Contemporânea de Munique.

Hitler escreveu a maior parte do primeiro volume, autobiográfico, quando estava na prisão de Landsberg em consequência do fracasso de sua tentativa de golpe em Munique em 1923. Após sua libertação, o ditador redigiu a maioria do segundo em seu retiro montanhoso, localizado em Berchtesgaden.

No livro, ele delineou sua estratégia. Best-seller depois que Hitler se tornou chanceler, em 1933, até 1945 Mein Kampf havia vendido 12 milhões de cópias e sido traduzido para 18 línguas.

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