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Representante dos funcionários no Conselho de Administração diz que “o governo poderia reestatizar a Petrobras”

Os trabalhadores da estatal pedem a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e mudanças na política econômica, para ampliar crédito de bancos públicos à petroleira. (Evaristo Sa/AFP)

Além de barrar a venda de ativos da Petrobras, os trabalhadores da estatal pedem a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e mudanças na política econômica, para ampliar crédito de bancos públicos à petroleira.

O representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, o sindicalista Deyvid Bacelar, avalia que a presidenta Dilma tem erros notórios e não cumpre promessas de campanha. “Queremos discutir se vender ativos é estratégico para o País e para uma empresa integrada de energia. Voltar a ser apenas uma empresa de produção de petróleo é um erro grosseiro. Além disso, a operação exclusiva da Petrobras no pré-sal, o conteúdo local mínimo e o Fundo Social Soberano são pilares importantes. Não aceitaremos retrocesso.”

“Pensar a indústria no curto prazo é um grande equívoco. No momento em que a indústria petrolífera tem em torno de 1 trilhão de dólares em ativos à venda, isso é como vender banana no final da feira. Temos ciência da realidade, apresentamos alternativas viáveis, como abrir linhas de crédito do Banco do Brasil e da Caixa, e isso está sendo feito. O governo também poderia reestatizar a empresa com 30 bilhões de reais.”

“Tem um problema político e econômico conjuntural. Quando se reduz os investimentos da Petrobras em 87 bilhões de dólares, há menos recursos na economia, que deixa de gerar 2 milhões de empregos. É um prejuízo enorme para todos os brasileiros. O movimento pode unir outras categorias insatisfeitas com a política econômica”, completou. (AE)

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