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Reunião entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte termina sem acordo

Representantes de Seul insistiram no tema das famílias separadas pela guerra entre os dois países, ocorrida nos anos 1950. (Foto: Reprodução)

As primeiras conversas de alto nível entre as Coreias do Sul e do Norte desde o acordo fechado em agosto entre representantes dos governos de Seul e Pyongyang para pôr fim a um confronto armado nas fronteiras, ainda reminiscente da guerra entre os dois países, nos anos 1950, terminaram sem acordo neste sábado (12).

Após as tratativas, Hwang Boogi, principal delegado da Coreia do Sul, disse aos repórteres que os dois vizinhos não emitiram uma declaração conjunta. Os norte-coreanos pressionavam pela retomada das excursões do resort de Monte Kumgang, que fica na divisa dos dois países e ao norte da zona desmilitarizada, que foram suspensas em 2008 após a morte a tiros de um turista sul-coreano, de acordo com Hwang.

A Coreia do Sul, por sua vez, insistiu no tema das famílias separadas pela guerra da Coreia, pedindo a identificação dos familiares afastados e a troca de cartas. Seul pediu garantias do Norte a respeito da segurança dos visitantes do resort. Após as negociações, Pyongyang culpou o Sul pelo rompimento.

A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA afirmou que Seul se recusou a discutir questões fundamentais, como o reinício das excursões, e se ateve a “assertivas injustas”.

Os rivais, tecnicamente em guerra desde o conflito 1950-53 – teve uma trégua, mas praticamente cortaram relações em 2010, quando um navio da Marinha da Coreia do Sul foi afundado por um torpedo que Seul afirma ter sido disparado por um submarino na Coreia do Norte. Pyongyang nega qualquer envolvimento.

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