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Reynaldo Gianecchini fala do início da fama: “Era quase um ET”

"Convivi por muito tempo com esse lance de quererem te agarrar, te puxar… Agora que está dando uma diminuída", disse o ator. (Foto: João Miguel Junior/Globo)

Reynaldo Gianecchini completou 48 anos de idade em novembro e avalia os benefícios da maturidade. “Todo mundo, especialmente o jovem, quer se destacar e deixar de ser mais um na multidão. Embora eu tenha continuado naquele posto de galã, em Laços de Família foi muito grande. Convivi por muito tempo com esse lance de quererem te agarrar, te puxar… Agora que está dando uma diminuída. Está diminuindo bastante. Estou saindo daquela casca do galã, o que é bom”, afirmou o ator.

No ar como o médico Edu em “Laços de Família”, novela que marcou sua estreia na TV Globo em 2000, Gianecchini afirma que foi muito bem recebido pela equipe, mas chegou a enfrentar uma certa “cisma” por parte da crítica.

“Existia muita birra. Tinha gente que queria te ridicularizar, que torcia o nariz. Hoje em dia, encaro numa boa. Mas, no começo, isso machuca. Vivemos em um país em que todos querem dar suas opiniões, mas esquecem que podem nos machucar. Essa exposição faz as pessoas falarem o que quiserem. Isso era um choque. Na época, me machucava.”

Além de cenas calientes com Vera Fischer e do par romântico com Carolina Dieckmann, Gianecchini tem um carinho especial por Marieta Severo, que viveu Alma, tia de Edu. “Marieta é muito deliciosa e divertida no set. Ela é querida de um jeito espontâneo, de quem gosta da troca. Em nenhum momento, ela se coloca em um pedestal, como merece estar pela maravilhosa atriz que é. Marieta vinha me ajudar muito espontaneamente e só posso ter muito amor por ela.”

Sobre fama e assédio, o ator declarou: “Ter que sair dos lugares com segurança, escoltado, terem que me tirar porque não dava para ficar ou também de quando ia visitar meus pais no interior de São Paulo. Era quase um ET (risos). As pessoas quase não acreditam que você pode estar na frente delas. O Edu é um príncipe, um personagem fofo, muito bonitinho. Havia ali também o poder da juventude. Hoje, mais maduro, observo que jovem tem muita energia e o veículo que me ilumina, me focava em pontos bons. Nunca acreditei que eu era um cara lindo, fofo e brilhante como o Edu, mas entendo o assédio que foi criado. Nunca me olhei como um símbolo sexual ou esses superlativos todos”.

 

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