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Rio de Janeiro: sete mulheres acusam médico de agressão durante partos

Mortalidade materna está associada ao agravamento da pandemia e ao surgimento da variante P1 do coronavírus. (Foto: Reprodução)

Um médico da rede pública municipal do Rio de Janeiro é investigado por suspeita de praticar atos violentos contra mulheres durante procedimentos de parto, no Hospital Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul. Ao menos sete vítimas o denunciaram por agressões físicas e verbais. Uma delas contou que ganhava tapas na cara toda vez que gritava. Ela acusa o médico de ter colocado gaze dentro de sua boca para abafar os gritos.

Outra vítima afirmou que foi chamada de “vagabunda”. Segundo a denúncia, o médico questionou, em tom irônico, o porquê de a mulher gritar naquele momento, já que ela tinha gostado na hora de fazer o bebê. Ela perdeu o filho após o parto.

As denúncias foram feitas, inicialmente, em uma audiência pública realizada em maio pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Na ocasião, quatro mulheres foram ouvidas. “Uma enfermeira foi a primeira a falar sobre o médico. Depois convencemos as vítimas a denunciar”, contou a deputada Enfermeira Rejane de Almeida (PCdoB-RJ).

O médico, cujo nome é mantido em sigilo, foi apelidado de “cachorrão” pelas vítimas. Convidado a se explicar na comissão, ele não compareceu. O profissional foi afastado do hospital. A Secretaria Municipal de Saúde instaurou uma sindicância para apurar o caso e o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do RJ) também abriu uma sindicância. (AG)

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