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Rio Grande do Sul antecipa vacinação contra gripe

Já foram confirmados sete casos da doença no Estado, localizados em Porto Alegre, Viamão e Canoas. (Foto: Mariana Carlesso/SES)

Após a confirmação dos primeiros dois óbitos neste ano por Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Sul a SES (Secretaria da Saúde do RS) resolveu antecipar a vacinação para o dia 25 de abril.  Os dois são de Porto Alegre, com idades de 7 e 35 anos, do sexo masculino. Ao todo, já são sete casos confirmados da doença no Estado, localizados na capital, Viamão e Canoas.

A vigilância da Influenza é realizada por meio de notificação e investigação de casos de internações hospitalares por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), caracterizada por dificuldade respiratória associada ao aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. Até o momento, foram 186 casos notificados, com sete confirmados para Influenza A (H1N1). Não houve até o momento casos de Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Casos confirmados de influenza A (H1N1) em 2016  

Porto Alegre – três casos, com dois óbitos; Viamão – dois casos; Canoas, dois casos.

Comitê

O secretário estadual da saúde João Gabbardo dos Reis anunciou a criação de um comitê de monitoramento da gripe. “Ao mesmo modo do que fizemos com o enfrentamento à dengue, chikungunya e zika, vamos reunir os gestores do Estado e dos municípios com outras entidades, para que as decisões não sejam exclusivas de um único gestor”, comentou.

Vacinação

“Temos a expectativa de que iremos receber cerca de 50% das doses previstas até o dia 15 deste mês. Assim, teríamos tempo hábil para a distribuição das vacinas para todos os municípios, e começar a campanha dia 25”, disse Gabbardo. No Rio Grande do Sul, são mais de 3,5 milhões de pessoas dentro dos grupos prioritários para os quais a vacina é destinada.

Parceria com o Cremers

A SES terá neste ano a parceria do Cremers (Conselho Regional de Medicina) no enfrentamento à gripe. A começar pela campanha de vacinação, que conta com o apoio da classe médica, e ações direcionadas à prevenção e ao tratamento. O presidente da entidade, Rogério Aguiar, lembrou que o papel do conselho é “colaborar com a saúde no geral, contribuindo com a divulgação de informações para a população e aos médicos”. Aos profissionais, ele reforçou que serão orientadas as medidas preconizadas nos protocolos. “Quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais certo é o sucesso. Por isso os médicos devem estar atentos aos sintomas”, disse.

Portadores de comorbidades

Devem receber a vacina pessoas com doenças respiratórias, cardíacas, com imunodeficiência, entre outras que tenham recomendação médica para isso. Mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes atendidos na rede privada ou conveniada também devem buscar a prescrição médica com antecedência e apresentá-la nos postos de vacinação.

Vacinação, prevenção e tratamento

Ao lado da vacinação, o tratamento e a prevenção são os eixos que compõem o tripé do enfrentamento à influenza. A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples, porém importante, para evitar a disseminação da doença.

Entre os cuidados que se destacam, está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-os preferencialmente com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos.

Também ressalta-se a importância de lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.

Para o tratamento em tempo oportuno, a recomendação é de que ao sinal de febre, dor de garganta e dor de cabeça, nas articulações, ou muscular, a pessoa procure atendimento médico. O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o estado gratuitamente, e o seu uso no início dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos.

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