Com mais de 1,5 milhão de doses já aplicadas contra a gripe (influenza), o Rio Grande do Sul mantém o posto de Estado com maior adesão na campanha. Com 34% dos grupos prioritários vacinados, o foco para as últimas cinco semanas da estratégia é seguir avançando para o alcance da meta de 90% de cobertura. Para chegar nesse objetivo, ainda teriam que ser vacinadas ao menos mais 1,6 milhão de pessoas.
A vacinação é direcionada aos públicos elegíveis, como idosos, crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade), gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da saúde, professores, entre outros. A campanha começou em 25 de março, teve em 13 de abril o sábado do Dia D (de abertura extraordinária dos postos) e está programada até 31 de maio.
Entre os Estados que começaram a estratégia neste período (todos com exceção dos estados do Norte, que começaram em novembro passado) a cobertura registrada até agora no Rio Grande do Sul é a maior no País, ficando à frente de estados como Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Norte (que apresentam, os três, índice de 31% até o momento). A média nacional está hoje em 26%.
Conforme dados da SES (Secretaria Estadual da Saúde), ao todo, mais de 5 milhões de pessoas fazem parte dos grupos elegíveis no Rio Grande do Sul. A meta da campanha é vacinar, pelo menos, 90% das crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais e povos indígenas.
Até esta segunda-feira (29), há o registro no sistema do Programa Nacional de Imunizações de 1.014.582 doses aplicadas para uma população total estimada de 2.960.034 pessoas. Ou seja, a meta de 90% de cobertura significaria ao menos 2.664.031 pessoas desses públicos vacinadas.
Para os demais grupos prioritários, considerando a indisponibilidade de estimar o número de pessoas (denominadores), não é possível definir meta de cobertura vacinal. Por isso, são disponibilizados apenas os dados de doses administradas durante a campanha.
Confira abaixo os grupos prioritários, as populações estimadas, doses e coberturas.
Grupo prioritário: cobertura vacinal (total de doses aplicadas / população alvo)
Idosos: 38,97% (854.730 / 2.193.416)
Crianças: 21,50% (136.415 / 634.582)
Gestantes: 15,08% (13.678 / 90.707)
Puérperas: 15,74% (2.347 / 14.911)
Povos indígenas vivendo em terras indígenas: 28,06% (7.412 / 26.419)
Total grupos prioritários: 34,28% (1.014.582 / 2.960.034)
Outros públicos elegíveis (doses aplicadas)
Comorbidades: 166.403
Pessoas com deficiência permanente: 11.152
Trabalhadores da saúde: 80.615
Professores: 46.766
Caminhoneiros: 7.686
Forças armadas: 3.146
População privada de liberdade: 11.118
Trabalhadores de transporte coletivo: 3.175
Forças de segurança e salvamento: 4.740
Quilombolas: 2.276
Povos indígenas vivendo fora das terras indígenas: 608
Funcionários do sistema de privação de liberdade: 1.772
Pessoas em situação de rua: 736
Trabalhadores portuários: 464
Adolescentes e jovens em medidas socioeducativas: 164
Aumento nos casos de hospitalizações e mortes em 2024
Dados da SES seguem apontando o crescimento de circulação do vírus influenza desde o início de 2024, em padrão diferente ao mesmo período de 2023.
A vigilância dos casos de SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) aponta, até 20 de abril, o registro de 398 hospitalizações por influenza e 33 óbitos. No mesmo período do ano passado (primeiras 16 semanas do ano), foram 176 hospitalizações e 21 óbitos.