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Rio Grande do Sul registra menor taxa trimestral de desemprego em 13 anos

Índice ficou em 4,1% no acumulado de julho a setembro. (Foto: Arquivo/FGTAS)

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam no Rio Grande do Sul uma taxa de desemprego de 4,1% no período de julho a setembro. Trata-se do menor índice para um trimestre no Estado desde 2012, quando a autarquia federal passou a realizar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

O estudo tem por base a análise de aspectos como emprego, renda e demais parâmetros socioeconômicos do País. E ressalta que o percentual também supera o registrado nos acumulado abril a junho, quando o mercado de trabalho gaúcho assinalou o melhor resultado da série histórica até então.

Ainda no que se refere aos três meses anteriores, o indicador recuou 0,2%, enquanto no comparativo com o mesmo período do ano passado a queda é de 1%. Já no comparativo ao longo dos trimestres dos últimos dez anos, o resultado é ainda mais expressivo: saiu de 7% no terceiro trimestre de 2015 para o mencionado 4,1% revelado pela amostragem mais recente.

A pesquisa mostrou ainda que o Rio Grande do Sul conta com cerca de 531.000 trabalhadores subutilizados, o menor quantitativo desde 2012. Em relação ao trimestre anterior, o índice apresentou redução de 0,9%, ficando em 8,6%. Essa categoria se refere os indivíduos desempregados, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego mesmo estando disponível para trabalhar ou que buscou emprego mas não estava disponível para a vaga.

Qualificação profissional

De acordo com o titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), Gilmar Sossella, os dados reforçam o caráter positivo das políticas públicas de qualificação profissional com foco na empregabilidade que foram implementadas nos últimos anos pelo governo do Estado:

“Já qualificamos mais de 20 mil pessoas no Rio Grande do Sul e devemos chegar a 60 mil ao final de 2026. Estamos preparando nossa população para atuarem nas empresas que escolhem investir aqui no Estado e assim fortalecemos a cadeia produtiva através de pessoas preparadas para atuarem em diferentes áreas de nossa economia”.

Situação nacional

A mesma pesquisa ressalta que a taxa de desocupação no Brasil durante o terceiro trimestre de 2025 chegou a 5,6%, a menor da série iniciada em 2012. No Sul do país, o número de 611 mil pessoas desocupadas representa um percentual de 3,4%, colocando a região abaixo da média nacional. O Nordeste foi a região que apresentou a maior taxa de desemprego no país, com 7,8% de desocupação.

A taxa de desemprego caiu de forma significativa no Sul do País na comparação com o mesmo trimestre de 2024: 4,6% para 3,6%, saindo de 782 mil para 611 mil indivíduos. A região teve o menor índice de desemprego do Brasil, seguido da região Centro-Oeste, com 4,6%. Já a região com maior taxa de desemprego foi a Nordeste, com 8,2%.

(Marcello Campos)

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