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Rio Grande do Sul registra recorde de candidatos indígenas nestas eleições

População indígena foi a que mais sofreu com assassinatos, com 14 vítimas. (Foto: Thiago Gomes/Agência Pará)

Nas eleições municipais deste ano, 125 indígenas são candidatos aos cargos de prefeito (2), vice-prefeito (3) e vereador (120) no Rio Grande do Sul. Esse número representa quase o dobro do registrado em 2016, que contou com apenas 69 índios concorrentes no Estado.

Em todo o Brasil, o aumento foi de 88,51%: em 2016, foram 1175 candidaturas de indígenas e, agora, são 2.215. Esses números, segundo a Justiça Eleitoral, refletem o maior engajamento de indígenas no acesso a cargos eletivos, um movimento que vem crescendo no Brasil desde 1982, ano em que o primeiro índio foi eleito deputado federal no País: o cacique xavante Mário Juruna, registrado pelo PDT do Rio de Janeiro. A agremiação era, na época, liderada por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, respectivamente eleitos governador e vice-governador do RJ naquele ano.

O Brasil somente voltou a ter outro indígena no Congresso Nacional no pleito de 2018, com a eleição da advogada Joênia Wapichana, pelo partido Rede Sustentabilidade de Roraima, como deputada federal.

Atualmente no RS não há prefeitos indígenas, mas há oito vereadores eleitos: três em São Valério do Sul, Francisco Gomes (PDT), Siduelio Miguel (PT) e Vergilio Camargo (MDB); um em Iraí, Jadir Jacinto (PP); um em Redentora, Derli Bento (PCdoB); um em Benjamin Constant do Sul, Elizeu Garcia (PT); um em Charrua, Jacó Antônio (PP); e uma em Gramado dos Loureiros, Claudete Tomaz (Partido Cidadania).

Em 2016, também foi eleito vereador, em Tenente Portela, Valdonês Joaquim, pelo PSD, mas atualmente ele cumpre pena após condenação em processo criminal na Justiça Estadual.

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