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O Rio Grande do Sul já tem pelo menos 85 pessoas infectadas pelo coronavírus. Doença ainda não tem casos fatais no Estado

Pacientes curados permanecem na lista de casos confirmados da doença. (Foto: EBC)

Os casos confirmados de infecção por coronavírus no Rio Grande do Sul subiram de 71 para 85 neste domingo, conforme boletim epidemiológico divulgado à noite pelo governo gaúcho. Dos 14 novos pacientes com teste positivo para a doença pelo Lacen (Laboratório Central), cinco são de Porto Alegre, três de Bagé e dois de Lajeado. Já Canoas, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Torres registram um diagnóstico cada.

Essa estatística, no entanto, difere da apresentada pela SMS (Secretaria Municipal da Saúde) de Porto Alegre, que apontou a ocorrência de 18 novas confirmações da doença na cidade neste domingo. Por essa base de dados, o número de exames com resultado positivo em território gaúcho sobe para 98. Alguns apresentam histórico de viagem recente a países como Panamá, França e México.

Os novos testes com “ok” para o Covid-19 na capital gaúcha estão igualmente divididos entre os sexos, com nove indivíduos de cada gênero. O grupo abrange um idoso de 78 anos, dois de 69, um de 68 e outro de 65, além de homens com idades de 47, 46, 37 e 30 anos. Já entre as mulheres estão quatro idosas (82, 74, 66 e 60 anos), seguidas por outras com 57, 56, 50, 32 e 21 anos.

De acordo com a SMS, a discrepância de números em relação à Secretaria Estadual da Saúde ocorre por que a capital gaúcha possui laboratórios privados e federais credenciados pelo Ministério da Saúde, ao passo que a SES divulga dados analisados pelo Laboratório Central. “Os dados destes locais demoram a ser registrados no sistema estadual”, argumentou o órgão municipal em postagem no Twitter.

Circulação

Para tentar conter essa estatística, uma das medidas adotadas pelas autoridades é restringir (ou pelo menos conscientizar) a população para o risco de contágio por meio da circulação de pessoas em ambientes sociais. Sem vacina ou remédio para controlar a infecção, a OMS (Organização Mundial da Saúde) defende a intensificação de hábitos de higiene e o isolamento social para desacelerar o avanço dos casos, evitando a perda de vidas e o colapso dos sistemas de saúde.

Idosos e pessoas com doenças crônicas integram os grupos mais vulneráveis ao coronavírus. Porto Alegre é a capital brasileira com o maior percentual de pessoas com esse perfil: 15,04% da população, ou 211 mil pessoas, têm idade igual ou superior a 60 anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A cidade também reúne, conforme o Ministério da Saúde, o maior índice de fumantes do país (14,4%), e ocupa, entre as capitais, a quarta posição no que se refere ao excesso de peso na população adulta (59,4%). Não por acaso, 25,6% da população é hipertensa e 8% tem diagnóstico de diabetes.

Especialistas alertam que tanto o tabagismo quanto o excesso de peso são fatores de risco associados ao diabetes, à hipertensão e às doenças cardiovasculares e respiratórias. Somadas às neoplasias (tumores), estas doenças foram responsáveis por 39,9% dos óbitos ocorridos na capital gaúcha em 2019, ou 7.133 mortes, segundo a Coordenação das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis da SMS (Secretaria Municipal da Saúde).

(Marcello Campos)

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