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Risco de terroristas obterem material atômico é grande

Avaliação é do diplomata argentino Rafael Grossi. (Foto: AIEA)

O mundo enfrenta um “risco considerável” de terroristas terem acesso a arsenal e materiais nucleares, na avaliação do diplomata argentino Rafael Grossi, forte candidato à diretoria-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Segundo Grossi, a Cúpula de Segurança Nuclear chegou ao limite do que poderia realizar para conter essa ameaça. Para avançar mais, seria necessário abordar os programas nucleares desenvolvidos por diferentes nações, onde estão 83% do urânio enriquecido e do plutônio existentes no mundo.

“Isso está fora do alcance da cúpula”, disse Grossi. A eleição para o comando da AIEA será realizada dentro de um ano, mas ele já busca apoios. Se eleito, o argentino será o primeiro latino-americano a comandar a organização. O Brasil ainda não se manifestou, mas Grossi espera ter o voto do País.

“Eu não posso conceber uma candidatura argentina que não tenha o apoio do Brasil. Não me sentiria representativo, sobretudo no mundo nuclear”, declarou Grossi em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Qual é o foco da cúpula de segurança?
Esta é a última de uma série de cúpulas, a primeira ocorreu em Washington, em 2010. Elas foram importantes para dar relevância política, com o envolvimento dos chefes de Estado, à proteção do material nuclear contra o terrorismo. Nós que não estamos falando de armas, mas sim do urânio enriquecido, que é muito perigoso, está nos reatores de pesquisa, e das fontes radioativas em hospitais. (Cláudia Trevisan/AE)

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