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Rodrigo Janot só depende do Senado para continuar na Procuradoria-Geral da República

Procurador-geral da República passará por nova sabatina. (Foto: Juca Varella/Folhapress)

A presidenta Dilma Rousseff escolheu na quinta-feira reconduzir Rodrigo Janot para mais um mandato de dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República e já enviou a indicação para a apreciação do Senado. No mesmo dia, a presidenta recebeu a lista tríplice dos mais votados da categoria das mãos do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti.

O procurador-geral obteve 799 votos, seguido de Mário Bonsaglia, com 462 votos. Raquel Dodge, em terceiro, recebeu 402 votos. Ao todo, votaram 983 procuradores, sendo que cada um pode escolher três nomes.

O resultado folgado da eleição mostrou que a categoria apoia o trabalho de Janot à frente da procuradoria. Ele tem sido criticado e alvo de ameaças de retaliações de congressistas devidos às investigações que atingem políticos no Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

Análise em plenário
Janot terá que passar por uma sabatina e votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e, caso seu nome seja aprovado, seguirá para análise do plenário da Casa, onde precisará de pelo menos 41 votos dos 81 totais. Dos 27 titulares da CCJ, oito são investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal, a pedido de Janot, nega disposição para dificultar a escolha do procurador. Calheiros chegou a acusar Janot de agir politicamente na definição dos investigados.

Manobras
Nas últimas semanas, o senador diminuiu o tom dos ataques publicamente, em uma estratégia para sair do foco. Como o mandato de Janot termina no dia 17 de setembro, no Senado há quem aposte em manobras para atrapalhar a recondução do procurador como, por exemplo, adiar a sabatina.

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