O Presidente da República em exercício e anfitrião do evento que homologou o acordo de recuperação fiscal do Rio, no Palácio do Planalto, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se emocionou ao discursar sobre a assinatura do acordo. Com os olhos vermelhos, depois de parar um instante por conta das lágrimas, Maia defendeu a agenda de reformas do governo, sobretudo a da Previdência, e disse que o acordo é essencial para que o Estado do Rio não mergulhe em novas crises fiscais no futuro.
Maia afirmou que todos os esforços para aprovar a reforma previdenciária e a agenda do governo, apesar do desgaste sofrido com a defesa dessas propostas, são para que o governo federal não acabe na mesma situação de penúria do Estado do Rio. Em clima de campanha, o presidente da Câmara disse que essa discussão vem sendo feita na Câmara com “coragem” e “sem populismo”:
“A coragem de enfrentar a agenda sem populismo, sem demagogia, sem discursos fáceis e falsos sobre auditoria de dívida pública, devedores da Previdência brasileira, acho que essa agenda que a gente tenta colocar na Câmara é uma agenda que tem esse objetivo, de fato reorganizar o estado brasileiro.”
O presidente em exercício, que vinha pressionando a equipe econômica do governo para destravar logo o acordo, agradeceu a “compreensão” do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para quem enviou, segundo o deputado, “inúmeras mensagens” para “cobrar” a resolução da questão.
Rodrigo Maia também agradeceu ao presidente Michel Temer, que segundo ele teve a humildade de deixar que o deputado assinasse o acordo e, com isso, “registrar seu nome na história”:
“Para ele também seria muito importante assinar esse acordo, para qualquer presidente assinar esse acordo é um momento de orgulho e de registro de seu nome na história, e de forma muito humilde ele autorizou que eu fizesse isso em nome do governo, em nome do Brasil”. (AG)
