No período de janeiro a agosto, o Rio Grande do Sul registrou saldo positivo de 74.554 novas vagas de emprego com carteira assinada, 33% a mais que em igual intervalo no ano passado. O número consiste na diferença entre 1.148.929 contratações e 1.074.375 desligamentos, conforme estatistica divulgada nessa segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Estado foi o sétimo no País em maior saldo positivo no ano, atrás de São Paulo (436,7 mil), Minas Gerais (153 mil), Paraná (108,8 mil), Bahia (88,7 mil), Santa Catarina (83,8 mil) e Rio de Janeiro (81,5 mil). Já a Região Sul ocupou o segundo lugar nacional em geração de empregos, com 267.149 novos postos, em um ranking liderado pela Região Sudeste, com 690.306 vagas formais.
“O Rio Grande do Sul permanece em crescimento na geração de empregos formais”, ressalta o titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), Gilmar Sossella. “No acumulado de 2025, já criamos 18.370 postos de trabalho a mais do que no mesmo período de 2024. Em comparação aos oito primeiros meses de 2023, registramos 21.109 empregos a mais, o que representa um aumento de 39,49%”.
Ele atribuiu o resultado às políticas de qualificação profissional que fortalecem a empregabilidade. Menciona, ainda, o apoio aos microempreendedores, que têm papel fundamental na movimentação da economia do Rio Grande do Sul.
Desde 2023, a partir da criação da STDP no governo Eduardo Leite, o Estado já disponibilizou cerca de R$ 237 milhões para políticas públicas de qualificação profissional, de fomento ao empreendedorismo e de apoio ao trabalhador.
Números de agosto
Em agosto, o Rio Grande do Sul apresentou saldo negativo de 1.648 vagas formais, a partir de 126.175 contratações e 127.823 desligamentos no mês. Os cinco municípios com maior número de vagas formais criadas no mês foram:
– Porto Alegre (710).
– Passo Fundo (286).
– Erechim (274).
– Cachoeirinha (268).
– Viamão (241).
Reflexos setoriais
Os serviços lideraram o ranking de empregos formais criados por grupamento de atividades no mês, com 3.507 novos postos de trabalho. A agropecuária ocupou a segunda posição, com a geração de 125 vagas. Já os setores da construção, do comércio e da indústria ficaram com saldo negativo no mês, com menos 529, 665 e 4.086 vagas com carteira assinada, respectivamente.
Sossella explica que os resultados negativos da indústria já eram esperados. “Os números refletem uma oscilação de setores como a indústria do fumo, principalmente na região do Vale do Rio Pardo, e do agronegócio. Por possuírem uma forte sazonalidade, impactam diretamente nos números do Estado. O governo seguirá investindo em políticas de qualificação profissional e de apoio às empresas para ampliar ainda mais as oportunidades aos trabalhadores”, reforça.
(Marcello Campos)