O Brasil deve colher volumes recordes de soja, milho, algodão e sorgo neste ano, segundo o relatório de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nessa quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A safra agrícola brasileira de 2025 deve totalizar 340,5 milhões de toneladas, 47,7 milhões a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 16,3%. Em relação ao levantamento de junho, houve uma alta de 2,1% na estimativa, 7,1 milhões de toneladas a mais.
São esperados aumentos de dois dígitos neste ano nas duas principais culturas do País: a produção de soja deve ter alta de 14,2% em relação à colheita do ano anterior, para um pico inédito de 165,5 milhões de toneladas, enquanto a do milho saltará 19,9%, para 137,6 milhões de toneladas.
Conforme as projeções do IBGE, a produção do milho 1ª safra subirá 14,1%, para 26,2 milhões de toneladas; e a do milho 2ª safra, 21,4%, totalizando 111,4 milhões de toneladas.
As projeções são de aumentos também para o arroz (17,7%, para 12,5 milhões de toneladas), feijão (0,4%, para 3,1 milhões de toneladas), algodão (7,1%, para um novo recorde de 9,5 milhões de toneladas), sorgo (23,6%, para um ápice de 4,9 milhões de toneladas) e trigo (2,3%, para 7,7 milhões de toneladas).
“O crescimento da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em relação a 2024 é consequência dos maiores investimentos realizados pelos produtores, que ampliaram as áreas de plantio e investiram mais em tecnologia de produção, motivados pelos bons preços dos principais grãos por ocasião do plantio da 1ª (safra das águas ou verão) e 2ª safras (safra das secas). Outro fator foi o clima, que beneficiou as lavouras no campo na maioria das unidades da federação produtoras. Os problemas climáticos mais sérios foram verificados somente no Rio Grande do Sul”, justificou Carlos Barradas, gerente do levantamento do IBGE, em nota.
Quanto aos recordes de produção do milho e do sorgo, Barradas reforça que houve ampliação das áreas de plantio, além do clima favorável durante as duas safras, especialmente para o milho de 2ª safra em Mato Grosso, maior produtor nacional do grão.
“Esse aumento da produção se deve ao crescimento da demanda pelo cereal, já que ele é utilizado na produção de ração para atender à produção brasileira de proteína animal (carnes de frango, suíno e bovino), assim como no atendimento à crescente produção de etanol de milho, sendo que muitas usinas estão sendo instaladas no estado para aproveitamento desse cereal”, completou Barradas.
Em apenas um mês, melhoraram as expectativas para as safras de milho, sorgo, soja, arroz e algodão, ajudando a aumentar a projeção para a produção agrícola brasileira de 2025. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
