Essa ação é perigosa, pois quanto mais álcool seu corpo ingere mais ele se acostuma com as substâncias presentes nele e isso é um prato cheio para que a dependência se desenvolva. Com essa “brincadeira” estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo ingiram bebidas alcoólicas e pelo menos 4 milhões delas possuem vício do álcool, dados confirmam que haja cerca de 2,3 milhões de mortes anualmente ocasionadas principalmente pelo excesso do uso.
Por não existir uma quantidade segura para o consumo do álcool, cada pessoa desenvolve o vício de uma maneira diferente, assim qualquer pessoa está propensa a se tornar dependente dele. Uma dose de álcool representa cerca de 10 ml de etanol puro e demora cerca de uma hora para o seu organismo conseguir metabolizá-lo, ou seja, consegue metabolizar apenas uma dose por hora e quando isso é ultrapassado gera uma grande sobrecarga.
Essa questão prova que o maior risco em curto prazo de seu consumo é para as grávidas, pois qualquer nível de álcool consumido pode alcançar o feto e interferir em seu desenvolvimento através do Sistema Nervoso desde o primeiro mês que o feto já esteja sendo gerado. Se tratando da droga lícita mais vendida no Brasil, o álcool é capaz de interferir diretamente em algum de nossos órgãos e afetar seu funcionamento, os principais são:
Cérebro: causa perda de reflexo de memória, sonolência e coma através da interferência ao Sistema Nervoso Central.
Coração: capaz de acelerar a atividade do sangue no coração e a frequência dos batimentos cardíacos através da liberação da adrenalina.
Fígado: contribui para a inflamação crônica, hepatite alcoólica e cirrose por alterar a produção de enzimas onde mudam o ritmo do metabolismo do álcool consumido.
Rins: compromete o processo de filtragem de substâncias pelo álcool conter efeito diurético que influencia a sobrecarregar os rins.
Estômago: favorece para a esofagite, gastrite e diarréia através da irritação das mucosas do estômago e do esôfago.
Olhos: devido à deficiência da vitamina B1 e do Zinco é possível atribuir neurite óptica ou a cegueira.
Coração: produz cardiomiopatia ou arritmias através de inflamações do músculo do coração e seus sintomas representam dor no peito, palpitações, fadiga, dificuldades para respirar e tosse.
Órgãos sexuais: afeta a fertilidade ou causa disfunções pela rápida divisão das células reprodutivas ou pelo retardo delas onde aumenta o nível de acidez nestes tecidos.
Boca: está associado a vários tipos de câncer, como o de boca, faringe e laringe, estima-se que cerca de 50% das pessoas que possuem esses cânceres são alcoólicos e quando também são fumantes aumentam ainda mais as chances de desenvolvê-las.
Sistema nervoso central: caracterizado pelo nosso cérebro, ele já é afetado após a segunda dose da bebida, seus principais problemas são perda de memória, reflexo e juízo crítico da realidade, considerando chegar ao coma com doses altas das bebidas por meio de uma intoxicação grave.
Sistema renal: responsável pela hipertensão arterial quando a bebida altera a capacidade de filtragem do nosso corpo através dos rins o que gera uma alteração dos hormônios que controlam a pressão arterial.
Pulmões: ocorrem as trocas gasosas através do sangue que passa pelos pulmões, porém como esse órgão também é afetado pelo álcool essa troca se torna mais lenta e a pessoa sente dificuldades para respirar, pois o sangue transmitido para os pulmões é sujo.
Sistema gastrointestinal: prejudica a absorção das bebidas, pois altera as membranas do intestino por irritarem as mucosas do esôfago e do estômago, causando esofagite, gastrite, diarreia e até pancreatite por causa de inflamações nos locais.
Sistema cardiovascular: as bebidas alcoólicas liberam uma dopamina no cérebro que é capaz de regularizar diversas substâncias, mas podem causar alterações da pressão arterial, taquicardia e hipertensão arterial.
Sistema hormonal: o consumo das bebidas pode causar alterações hormonais e são mais intensas em pessoas que já possuem doenças dependentes dessa causa como a diabetes onde pode levar ao coma alcoólico com poucas doses.
Sistema muscular: ligada ao sistema nervoso central, na mesma intensidade que o álcool altera as funções do cérebro também altera as mensagens que chegam os músculos, tornando-os mais lentos e mais relaxados.
O mal do uso da bebida não está apenas na afetação a alguns órgãos, mas também em diversas doenças onde muitas são irreversíveis por ter um processo lento e a pessoa conseguir descobri-la apenas em seu estágio mais avançado, porém outras possuem cura, mas independente desses casos a melhor escolha capaz de evitar ou cessar essas doenças é parar de beber, esse é o único método para se ter certeza de que não sofrerá com esses tipos de doenças.
E também existe o sofrimento com os transtornos mentais relacionados ao uso da bebida que muitas vezes precisam de acompanhamento médico regrado para conseguir reverter à situação, como:
Depressão: o álcool é capaz de aumentar o risco de perturbações de humor e de depressão, que são conciliados com os seguintes sintomas: perda ou aumento de peso, desinteresse, perturbações do sono, fadiga, pensamentos negativos, perda de energia, redução da capacidade de pensamento ou concentração e em casos mais graves geram pensamentos suicidas.
Psicose: representa sintomas de alucinações e ideias delirantes pelo uso abusivo do álcool, variando de pessoa para pessoa dependendo de inúmeros fatores de acordo com seu tipo de vida chegando a afetar cerca de 3% dos dependentes do álcool.
Demência: a memória é afetada tanto pelo uso da bebida quanto a falta de nutrição e os dois tem relação, pois com o abuso alcoólico, muitas pessoas deixam de comer ou comem muito mal e assim gera uma grande redução dos nutrientes do seu corpo, principalmente a falta da vitamina B1 que é imprescindível para a eficiência de memorização, esse caso é um alerta, pois o quadro pode piorar muito durante os anos se a bebida continuar a ser consumida.
