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Saiba como foram os desfiles de Sete de Setembro em Porto Alegre e em outras cidades gaúchas

Participantes da parada cívico-militar na avenida Beira-Rio, em Porto Alegre, desafiaram o mau tempo. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

Mesmo sob chuva em Porto Alegre na manhã deste sábado, milhares de pessoas acompanharam, na avenida Beira-Rio, o desfile cívico-militar de Sete de Setembro. O evento celebra a proclamação da Independência do Brasil em relação a Portugal, fato histórico que em 2022 completará 200 anos. Em algumas cidades do RS, os desfiles foram cancelados em razão do mau tempo.

A abertura do evento na Capital coube ao general Geraldo Antonio Miotto, titular do CMS (Comando Militar do Sul), e ao vice-governador Ranolfo Vieira Júnior – ele chefia interinamente o Executivo estadual durante a ausência de Eduardo Leite, em viagem oficial aos Estados Unidos e Singapura.

Após a salva de tiros de canhão, por volta das 10h Ranolfo e Miotto subiram em carro aberto e fizeram a tradicional revista às tropas perfiladas na avenida na Orla do Guaíba, próxima ao Parque Marinha do Brasil. Em seguida, foram prestadas as honras militares e hasteadas as bandeiras do Brasil, Rio Grande do Sul e Porto Alegre (esta última pela vereadora Monica Leal, presidente da Câmara Municipal e que representava o prefeito Nelson Marchezan Júnior).

Com participação de mais de 5 mil pessoas, dentre militares e civis, o desfile durou cerca de uma hora e meia. Na pista, 130 cavalos e 150 viaturas, incluindo veículos blindados e leves do Exército, Marinha, Aeronáutica, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, EPTC e Guarda Municipal. A ampla lista de participantes incluiu diversos membros de associações de veteranos.

“É uma honra para o Estado se fazer presente, com a Polícia Civil, a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e, pela primeira vez, a Susepe, neste desfile que simboliza o espírito cívico. Mesmo com chuva, foi muito muito bonito e motivo de orgulho para todos os gaúchos“, declarou Ranolfo, que acompanhou tudo do palanque oficial.

O comandante militar do Sul ressaltou, ainda, a importância de reunir tropas das esferas federal, estadual e municipal: “Esse é uma tradição e, mesmo com chuva, a população encarou e veio assistir e a vibração de militares e civis nos faz sentir mais brasileiros”, frisou após o encerramento do desfile. Não houve, entretanto, divulgação de uma estimativa oficial sobre o público que assistiu a parada.

Protesto

Após à programação na avenida Beira-Rio, estava previsto para as 15h um protesto no Parque da Redenção, tendo como alvo o governo de Jair Bolsonaro e suas políticas para a educação e o meio ambiente. A UEE (União Estadual de Estudantes) do Rio Grande do Sul, porém, decidiu adiar a manifestação.

O motivo foi a chuva intermitente que caía sobre a capital gaúcha. Isso não impediu que dezenas de pessoas se dirigissem à área no entorno do Monumento ao Expedicionário. Muitas delas estavam todas vestidas de preto.

Interior

Já em pelo menos sete municípios gaúchos, o mau tempo fez com o que o desfile fosse cancelado. Foi o caso de Novo Hamburgo, Sapiranga, Estância Velha, Portão, Dois Irmãos, Bento Gonçalves e Cancelamento. Em outros três, houve adiamento: em Gramado e Campo Bom, o evento foi reagendado para o sábado que vem, ao passo que em Esteio a nova data é 29 de setembro. Já em cidades como Santa Maria, a parada foi mantida.

Capitais

O primeiro Sete de Setembro desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República transcorreu em clima geral de normalidade na das capitais brasileiras, salvo por alguns protestos isolados. Em São Paulo, os portões do Sambódromo do Anhembi foram abertos às 7h30min, duas horas antes do evento, que contou com 7,2 mil participantes.

No Rio de Janeiro, um dos fatos que mais chamaram a atenção foi a presença do polêmico governador Wilson Witzel não no palanque, mas em um dos carros blindados do Exército que passaram pela avenida Presidente Vargas (Centro), local da parada.

(Marcello Campos)

 

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