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Saiba como identificar e se prevenir de um Acidente Vascular Cerebral

Fernanda, com a pequena Lívia, lembra o dia em que sofreu um AVC. (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília)

Mais de 18 mil pessoas morreram, entre janeiro a agosto deste ano, em decorrência de um derrame cerebral. Uma média de três mortes por hora e somente em hospitais públicos. A informação é do Ministério da Saúde, que compartilhou a informação com o objetivo de alertar a sociedade sobre o Acidente Vascular Cerebral, ou AVC, como é mais conhecido.

Segundo especialistas, é importante um atendimento rápido para quem sofre um AVC. Para isso, é preciso reconhecer os sintomas.

São duas formas de AVC: isquêmico, quando um vaso de dentro da cabeça obstrui, causando a interrupção do fluxo sanguíneo, e o hemorrágico, quando há uma ruptura no vaso sanguíneo da cabeça. Geralmente, tende a ser mais grave, sendo registrado em 15 a 20% dos registros – a minoria. O isquêmico prevalece em 80 a 85% dos casos.

No AVC isquêmico, os sintomas são: tontura; dificuldade na fala e dormência de braços e pernas.

No AVC hemorrágico, a pessoa sente dor de cabeça; náuseas e vômitos; além de déficits neurológicos.

Em julho de 2018, aos 31 anos, Fernanda Dias Ventura estava no quintal de casa quando foi acometida por uma forte dor de cabeça, seguida pela paralisia do lado esquerdo do corpo. Cambaleando, a servidora pública conseguiu telefonar para a família antes de desmaiar. Ela sofrera um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O socorro chegou rapidamente, Fernanda foi encaminhada ao Hospital de Base (HB) em Brasília e teve o coágulo que impedia o fluxo sanguíneo cerebral extraído com sucesso.

Assim como o atendimento rápido prestado pelo HB, a prevenção é uma atitude de extrema importância para a qual as autoridades chamam atenção. Orientações sobre os procedimentos preventivos podem ser obtidas em todas as unidades básicas de saúde (UBSs).

Prevenir é melhor que remediar

A melhor forma de prevenir um AVC é atentar aos fatores de risco, que aumentam as possibilidades de uma pessoa passar por esse problema. O monitoramento inclui o controle da pressão arterial, do diabetes, colesterol e arritmias cardíacas, além do combate à obesidade, sedentarismo e tabagismo.

“Controlando esses principais fatores de risco, conseguimos reduzir em 90% a incidência da doença; então, a melhor forma é prevenir, antes de remediar”, adverte neurologista vascular Letícia Costa Rebello.

Para reconhecer os sinais que indicam a doença, é preciso saber que o AVC é uma alteração súbita de vasos sanguíneos cerebrais. Acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Com isso, ocorre uma lesão na área cerebral que ficou sem circulação de sangue.

Letícia Rebello lembra que os principais sinais de um AVC são boca torta, perda de força ou de sensibilidade de um lado do corpo e dificuldade para falar ou entender o que as pessoas estão dizendo.

A neurologista alerta que, reconhecidos esses sinais deve-se encaminhar a pessoa imediatamente ao hospital.

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