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Saiba como proteger os idosos sem que o isolamento represente solidão

De março a junho, o Rio Grande do Sul teve 4,3 mil desligamentos de profissionais com 65 anos ou mais. (Foto: Divulgação)

“Cuidem dos idosos!”, repetiu diversas vezes, com bastante ênfase, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em 17 de março, quando foi anunciada a primeira morte por coronavírus no Brasil. Ele também falou sobre a importância de proteger “pai, mãe, avó, tia-avó”.

Desde então, existe a recomendação de se manter os idosos em isolamento social. Com isso, as instituições de longa permanência para idosos suspenderam a visitação dos familiares e proibiram passeios.

“É importante reduzir o número de visitas para evitar contágio. Em algumas instituições, a visita é aberta apenas em casos excepcionais”, explica Eva Bettine, presidente da Associação Brasileira de Gerontologia.

Para diminuir a solidão, a sugestão é a videochamada. “São utilizadas para diminuir a ansiedade e os idosos saberem como estão seus familiares”, diz Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior.

Nos tempos de isolamento e pandemia, o voluntariado passou a ser ainda mais importante para ajudar os idosos. Há muitos relatos de ações de vizinhos que se propõem a fazer compras para os moradores mais velhos da região, assim eles não precisam sair de casa.

“O vínculo pode existir mesmo sendo remoto e, nesse sentido, podemos tirar vantagem da internet”, afirma a psicóloga Lecy Alves Zwarg. “Conversar, jogar, brincar, cantar, ensinar ou aprender algo podem ser alternativas para minimizar o impacto emocional do isolamento.”

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