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Saiba o que é a mutilação genital feminina e em que países isso ainda acontece

Mutilação genital de mulheres e meninas permanece tão predominante quanto há 30 anos em alguns países. (Foto: AFP)

A mutilação genital feminina (FGM, na sigla em inglês) permanece tão predominante quanto há 30 anos em alguns países, apesar dos esforços globais para erradicá-la, disse a agência infantil da Organização das Nações Unidas (ONU), a Unicef nesta quinta-feira (6), Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.

Aqui estão 12 fatos sobre a prática:

1. A circuncisão feminina, como também é chamada, remonta a mais de 2.000 anos e é praticada em muitas culturas e religiões.

2. Cerca de 200 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo foram mutiladas.

3. É comumente ligada a cerca de 30 países, principalmente na África, mas estudos sugerem que pode ser praticado por comunidades em cerca de 50 países em todo o mundo.

4. O ritual, muitas vezes justificado por razões culturais ou religiosas, é sustentado pelo desejo de controlar a sexualidade feminina.

5. A mutilação genital feminina geralmente envolve a remoção parcial ou total da genitália externa, incluindo o clitóris. Em alguns casos, a abertura vaginal é costurada. Outros procedimentos, mais comuns em partes da Ásia, incluem cortes ou picadas no clitóris.

6. Pode causar problemas de saúde mental e física duradouros, incluindo infecções crônicas, problemas menstruais, infertilidade, complicações na gravidez e no parto.

7. A Somália tem a maior prevalência de mutilação genital feminina do mundo (98% das mulheres passaram pelo procedimento cirúrgico), seguida pela Guiné, Djibuti, Mali e Serra Leoa. O Egito tem o maior número absoluto de mulheres que foram mutiladas.

8. A maioria dos 28 países da África onde a prática é endêmica a proibiu, embora a fiscalização seja geralmente fraca. Países sem lei incluem Chade, Libéria, Mali, Serra Leoa e Somália.

9. Há uma tendência crescente de a mutilação genital feminina ser realizada por profissionais de saúde, em vez de “cortadores” tradicionais, particularmente no Egito, Guiné, Quênia, Nigéria e Sudão.

10. Os líderes mundiais prometeram acabar com a mutilação genital feminina até 2030, mas a prática permanece tão comum quanto há 30 anos na Somália, Mali, Gâmbia, Guiné-Bissau, Chade e Senegal.

11. Mesmo em países onde isso se tornou menos comum, o progresso precisaria ser pelo menos 10 vezes mais rápido para atingir a meta de 2030.

12. Nos países afetados pela mutilação genital feminina, sete em cada 10 mulheres acham que a prática deve terminar. Metade das mulheres que foram mutiladas gostariam que isso parasse de acontecer.

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