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Saiba os benefícios da água para saúde bucal

Corpo humano é formado quase 60% por água (Foto: Reprodução)

A água é fundamental para a vida no planeta. O corpo humano, por exemplo, é composto por até 60% de água. Dessa forma, o seu consumo é essencial na manutenção do funcionamento saudável do organismo, principalmente em razão da ingestão de quantidade adequada do líquido garantir até mesmo a produção da nossa saliva.

A saliva é formada basicamente por água e substâncias orgânicas e inorgânicas. Desempenha um papel importante no processo da digestão, bem como para a saúde bucal, pois regula o pH (acidez), lubrificando os tecidos bucais e contribuindo para prevenção da cárie. “A falta de saliva pode contribuir para a pessoa desenvolver cárie, doenças gengivais e halitose”, aponta o cirurgião-dentista, presidente da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) e professor da Faculdade de Odontologia da UNIP (FOUNIP), Luiz Felipe Scabar.

Segundo o cirurgião, a quantidade de água necessária por dia varia de acordo com diversos fatores, como idade, peso, nível de atividade física, dieta, metabolismo, entre outros. “Acredito que a orientação do profissional nutricionista é fundamental para cada caso, após avaliação dos diversos fatores envolvidos”, recomenda.

A importância da água fluoretada

Evidências científicas comprovam que o consumo de água fluoretada contribui para a prevenção da cárie dentária. Há aproximadamente um século, o elemento vem sendo estudado assim como as suas consequências para a saúde bucal. Nesse tempo, diversos países passaram a controlar os níveis adequados da substância na água de abastecimento público. A água pode apresentar níveis de flúor naturalmente, mas a concentração ideal deve variar entre 0,6 e 0,8 mg F/L.

A situação no Brasil

A fluoretação da água de abastecimento público começou em 1953, no município de Baixo Guandu, no Espírito Santo. Constam dessa época as primeiras publicações de estudos sobre os benefícios da metodologia para prevenção da cárie. Scabar conta que a fluoretação da água é considerada como uma das 10 medidas mais importantes de saúde pública do século XX e aponta que a implementação dessa política ainda é desigual no país.

Em 2015, em parceria com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL) – Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), o CROSP apresentou um levantamento sobre os índices de flúor no abastecimento público das 645 cidades paulistas. Na época, a maior parte dos municípios mantinha níveis adequados de flúor na água.

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