Ícone do site Jornal O Sul

Saiba por que o gaúcho Renan dal Zotto pediu para deixar o comando da seleção masculina de vôlei após classificar o time brasileiro para as olimpíadas

Na foto, o técnico Renan Dal Zotto durante partida contra a Tunísia. (Foto Gaspar Nóbrega/COB)

O treinador gaúcho Renal dal Zotto surpreendeu a todos ao anunciar a sua demissão da seleção brasileira de vôlei masculino, no último domingo, cargo que ocupada desde 2017. O anúncio foi feito logo após o Brasil conquistar a vaga para as olimpíadas de Paris, durante o pré-olímpico, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao vivo após a partida, o treinador alegou problemas de saúde. Ele ficou internado por mais de um mês, em 2021, por causa da covid-19, e disse ainda ter sequelas como estresse e palpitações. Apesar do afastamento, Renan disse que voltará ao vôlei em algum momento.

“Vou dar um tempo e vou retornar com certeza, em outras funções, clubes. Estarei sempre à disposição do vôlei. Foi uma decisão bem pensada, familiar. Não foi fácil dividir as coisas”, disse Renan em entrevista à TV Globo.

O treinador havia oficializado a sua saída da seleção no sábado (7) à noite, mas a decisão não foi comunicada a ninguém. O treinador chamou o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Radamés Lattari, para conversar no hotel em que a delegação estava hospedada e apresentou o seu pedido de demissão.

Devido aos argumentos apresentados, Radamés aceitou o pedido. Porém, ficou acordado que os jogadores não iriam saber da decisão antes da partida do domingo, contra a Itália, que era decisiva para a conquista da vaga olímpica. Carimbaria o passaporte quem ganhasse o jogo. E deu Brasil.

Ainda em entrevista à TV Globo, Renan explicou o motivo de não ter conversado com os jogadores sobre a sua saída:

“Não falei para jogadores e comissão porque não queria que nada interferisse na cabeça deles. O grupo está fechado, um dando apoio ao outro. Não sabia o que poderia influenciar. A gente só queria jogar vôlei.”

Renan chegou ao pré-olímpico contestado por causa de recentes resultados ruins. O Brasil ficou em sexto colocado na Liga das Nações e perdeu o Sul-Americano para a Argentina, competição que tinha sido campeão em todas as edições. E quase não conseguiu a vaga para Paris.

Substituto

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) escolheu o substituto de Renan dal Zotto na seleção masculina, pelo menos durante os Jogos Pan-Americanos, que começam no próximo dia 20. O escolhido é Giuliano Ribas, o Juba. O nome ainda será divulgado oficialmente pela Confederação.

Juba era integrante da comissão técnica de Renan e atuava como auxiliar. Além desse cargo, na própria seleção masculina, ele já atuou como assistente técnico, auxiliar, analista de desempenho e supervisor.

Essa não será a primeira experiência de Juba à frente da seleção. O treinador interino comandou dois jogos amistosos do Brasil contra a Argentina, em 2019. Foi uma vitória para cada lado.

Ele também já participou de cinco jogos olímpicos, sendo dois (2004 e 2008) na praia — trabalhou com Ricardo e Emanuel que ganharam o outro em Atenas — e os três seguintes na quadra, inclusive como auxiliar de Bernardinho, na conquista do ouro em 2016.

No Pan, ele comandará jogadores que foram convocados por Renan, em setembro. São eles: os levantadores Brasília e Thiaguinho; os opostos Darlan e Felipe Roque; os ponteiros Adriano, Honorato, Lukas Bergmann e Maicon; os centrais: Judson, Otávio e Thiery; e o líbero Maique. As informações são do jornal O Globo.

Sair da versão mobile