Muita gente sonha em morar nos Estados Unidos e muita gente já está lá. Segundo informações do Ministério de Relações Exteriores, em 2020, havia 1,8 milhão de brasileiros morando nos EUA. No ano seguinte, 17% das pessoas que migraram para lá não voltaram, o maior número já observado pela Polícia Federal.
Mas não basta ter um sonho e um visto na mão, como explica Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos.
“Com US$ 20 mil ou US$ 30 mil, uma pessoa pode abrir um negócio no Brasil e falar com um profissional para orientar sobre cursos e especializações. Com esse valor, é melhor começar a vida na terra natal do que nos Estados Unidos”, diz ele.
“Isso porque o migrante chega com a família de cinco membros, por exemplo, e precisa de um aluguel com o mínimo de três quartos, o que vai custar cerca de US$ 1.200 a US$ 1.400 em um local barato. E para conseguir o contrato de locação, é preciso dispor de três vezes esse valor, no mínimo. Essa soma inclui primeiro e último depósitos, além do seguro. Isso significa US$ 4.500, além da taxa do condomínio que são mais US$ 200 a US$ 300 dólares.”
Daniel alerta que há também pagamentos como internet, TV a cabo e móveis para a casa, o que pode sair cerca de US$ 8 mil, considerando valores por baixo.
“Essa família de cinco pessoas vai ter um custo mensal médio de US$ 2.500, mais US$ 500 de prestação de um carro, US$ 200 de seguro, US$ 500 mensais de alimentação e variáveis como plano de saúde, lazer e viagens. Para se ter uma ideia, certa vez eu fiz uma cirurgia no dente e foram US$ 7.800”, recorda o advogado.