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Saiba quem os partidos vão escalar para integrar a CPMI dos Atos Extremistas

A Casa votaria pela derrubada de trechos nesta terça-feira, 11, se não houvesse acordo. (Foto: Agência Senado)

A escalação dos partidos para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) dos Atos do 8 de janeiro reforça o cenário de polarização no Legislativo, com ex-ministra, filhos de Jair Bolsonaro e uma das primeiras deputadas trans da história do Congresso no banco dos titulares. A abertura do colegiado foi lida na última quarta-feira (26), e a previsão é que os trabalhos tenham início na próxima semana.

Até lá, os líderes partidários devem indicar seus representantes, de acordo com a regra da proporcionalidade. Serão 16 deputados e 16 senadores.

O PDT, partido que compõe a base do governo, decidiu indicar a deputada Duda Salabert (MG). Ela foi eleita com mais de 208 mil votos e está em seu primeiro mandato. Salabert e Erika Hilton (PSOL-SP), também eleita em 2022, são as primeiras deputadas trans da história do Congresso brasileiro. Hilton também está na disputa interna do PSOL para ser a indicada.

Salabert deverá protagonizar embates com a oposição, que terá entre seus integrantes a ex-ministra do Direitos Humanos e da Mulher Damares Alves (Republicanos-DF) e os filhos de Jair Bolsonaro, o senador Flavio (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo (PL-SP). Ainda do lado da oposição, o senador Sérgio Moro (União-PR) tem pleiteado ao partido participar da CPMI, mas a decisão ainda não foi tomada.

Aliado do ministro da Casa Civil Rui Costa, o deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) é o principal cotado para assumir a vaga de direito do PSD. Outro nome do Nordeste, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) também pode compor a escalação. O nome dele é, inclusive, cogitado para a presidência da CPMI, embora o de Arthur Maia (União-BA) seja o mais forte para assumir a função.

Já o MDB na Câmara ainda não bateu o martelo e está decidindo entre Emanuel Pinheiro Neto (MG), vice-líder do governo Lula na Câmara, e Rafael Neto (AL).

“A composição da CPMI está sendo negociada entre os presidentes do Senado e da Câmara. O MDB terá 2 vagas e deverá se reunir para deliberar sobre as indicações. Nossa expectativa é que ela possa esclarecer quem financiou essa tentativa de golpe, um verdadeiro ataque à democracia brasileira e aos três Poderes da República”, afirmou o senador Eduardo Braga (AM).

Enquanto isso, o partido do presidente da República, o PT, segue em uma disputa interna para definir o seu escolhido. Na Câmara, onde o partido de Luiz Inácio Lula da Silva terá direito a duas vagas, Lindbergh Farias (RJ), Rubens Pereira Junior (MA) e Rogério Correia (MG) disputam os postos.

Dois deles serão escolhidos titulares, enquanto caberá a um terceiro a suplência. A segunda suplência da Câmara caberá a um indicado pelo PCdoB, partido que compõe junto com o PV a federação capitaneada pelos petistas. Governistas dão como certa a participação de Jandira Feghalli (RJ) nesta vaga.

Veja a distribuição prevista para cada partido com seus cotados até o momento:

Câmara

Senado

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