A revista Forbes divulgou a lista dos bilionários do mundo. No topo está Jeff Bezos, da Amazon, que acumula fortuna de 112 bilhões de dólares. No meio desta lista há 42 brasileiros, um a menos do que a lista divulgada em 2017.
As cinco primeiras colocações são repetidas em relação ao ano passado, com Jorge Paulo Lemann, da Ambev, no alto. Porém, em 2017 o primeiro brasileiro ocupava a 22ª posição do ranking geral; neste ano ele está na 29ª. A fortuna dele também teve queda: passou de 29,2 bilhões de dólares para 27,4 bilhões de dólares.
A segunda posição é mantida pelo banqueiro Joseph Safra, que mantém a 36ª posição, mas com fortuna maior: 23,5 bilhões de dólares, ante 20,5 bilhões de dólares do ano passado. Seguem no ranking Marcel Hermann Telles (14 bilhões de dólares) e Carlos Alberto Sicupira (12 bilhões de dólares) da Ambev, e Eduardo Saverin (10,1 bilhões de dólares), do Facebook.
A família Moreira Salles ocupa da sexta a nona posições (Pedro, Fernando Roberto, João e Walther Junior). A lista dos dez primeiros é finalizada pelo empresário Abilio Diniz, cuja fortuna soma 3,5 bilhões de dólares.
Pela primeira vez, o empresário Luis Frias, do PagSeguro, aparece na lista dos mais ricos do mundo. Ele ocupa a 12ª posição do ranking e acumula fortuna de 3 bilhões de dólares.
As mulheres são seis na lista de 42 nomes brasileiros. Maria Helena Moraes Scripilliti, da Votorantim, ocupa a 15ª posição (2,6 bilhões de dólares). Em seguida aparecem Lia Maria Aguiar, do Bradesco, Dulce Pugliese de Godoy Bueno (ex-Amil) e Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, do Itaú Unibanco, (2,2 bilhões de dólares cada uma). Daisy Igel (Ultrapar) e Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna, da CCR, encerram a lista feminina com 1,2 bilhão de dólares cada uma, nas 39ª e 40ª posições.
Metade da população
Um levantamento recente considerou que cinco brasileiros concentravam em 2017 riquezas equivalente à da metade da população mais pobre do Brasil. Os dados são da Oxfam. O documento diz que que houve um aumento histórico no número de bilionários no mundo no ano passado: um a mais a cada dois dias.
No País, as cinco pessoas que mais têm patrimônio são, respectivamente: Jorge Paulo Lemman, 77, sócio da 3G Capital, Joseph Safra, 78, do Banco Safra, Marcel Herrmann Telles, 67, e Carlos Alberto Sicupira, 69 – ambos também da 3G Capital – e Eduardo Saverin, 35, ex-Facebook.
O Brasil ganhou 12 bilionários no período. “Isso significa que há mais pessoas concentrando riqueza. A gente não encontrou ainda um caminho para enfrentar essa desigualdade”, disse Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
O patrimônio dos bilionários brasileiros alcançou 549 bilhões de reais no ano passado, um crescimento de 13% em relação a 2016. Por outro lado, os 50% mais pobres tiveram a sua fatia na renda nacional reduzida de 2,7% para 2%. Um brasileiro que ganha um salário mínimo precisaria trabalhar 19 anos para ganhar o mesmo que recebe em um mês uma pessoa enquadrada entre o 0,1% mais rico.
“O Brasil chegou a ter 75 bilionários, depois caiu, muito por causa da inflação, e depois, nos últimos três anos, a gente viu uma retomada no aumento do número de bilionários. Esse último aumento – de 12 bilionários – é o segundo maior que já houve na história. E o patrimônio geral também está aumentando”, afirmou Rafael Georges, coordenador de campanhas da entidade.
