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Saiba quem serão os criminalistas do banqueiro preso

Daniel Vorcaro foi alvo de uma operação da PF que investiga a venda de títulos de crédito falsos. (Foto: Reprodução)

O banqueiro Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal (PF), contratou dois criminalistas para cuidar do seu caso: Pierpaolo Botini e Roberto Podval.

Também estão no time de advogados, mas cuidando de outras casos, o agressivo e polêmico Walfrido Warde, e Bruno Bianco, que foi advogado-geral da União durante o mandato do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Perfil

Dono e controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, é um banqueiro brasileiro de 42 anos alvo de uma investigação federal sobre fraudes financeiras.

Ele foi preso pela PF na noite da última segunda-feira (17) ao tentar embarcar para a Europa em um avião particular que sairia do Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Para a PF, não há dúvidas de que ele iria fugir do País.

A defesa dele “nega veementemente que ele estivesse fugindo do País. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master”.

A operação mira a venda de títulos de crédito falsos. Na prática, o Banco Master emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, isso não acontecia.

A decisão veio um dia depois de a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição – e pouco mais de um mês após o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília).

Nascido em 6 de outubro de 1983, em Belo Horizonte, Vorcaro pertence a uma geração de empreendedores que expandiu atuação para setores financeiros, tecnológicos e corporativos.

Com formação em Economia e MBA em Business/Managerial Economics pelo Ibmec, ele começou a ganhar as manchetes após o Banco Master, controlado por ele, firmar negócios vultosos com o governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Banco de Brasília.

O BRB, banco público do DF, comprou títulos de crédito emitidos pelo Banco Master. Esses papéis fizeram parte das operações investigadas pela PF na Operação Compliance Zero, deflagrada nessa terça-feira (18).

Ele ainda é acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG. Vorcaro é dono de 20,2% da SAF do Atlético, por meio do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP). A origem do dinheiro é investigada por possível conexão com o PCC.

A operação da PF investiga suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos pelo Banco Master.

Segundo a PF, o banco dirigido por Vorcaro teria criado papéis sem lastro ou com informações fraudulentas. Os títulos eram apresentados como ativos legítimos, mas não tinham valor real. Isso configuraria crimes de gestão fraudulenta e falsidade documental. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)

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