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Saiba quem são os gaúchos mortos em acidente com balão turístico em Santa Catarina

O bancário Fabio e a assessora rural Juliane moravam em Erechim. (Foto: Reprodução/Facebook)

Um casal de Erechim (Norte gaúcho) está entre os oito mortos no incêndio e queda de balão de passeio na cidade de Praia Grande, Litoral Sul de Santa Catarina, na manhã desse sábado (21). São eles o bancário Fabio Luiz Izycki, 42 anos e natural de Barão de Cotegipe, e sua namorada Juliane Jacinta Sawicki, de 36 anos, engenheira-agrônoma nascida em Carlos Gomes.

Caçula de dois irmãos, Fábio deixa também a mãe. Ele trabalhava em uma agência do Banco do Brasil e era primo do prefeito de Barão de Cotegipe, Franciel Izycki. Já Juliane atuava como sócia de uma empresa especializada em assessoria de projetos nas áreas de agricultura e meio ambiente.

Os outros mortos são todos catarinenses: a médica Leise Herrmann Parizotto e sua mãe Leane Elizabeth Herrmann, ambas de Blumenau; o patinador e professor Leandro Luzzi, de Brusque; o oftalmologista Andrei Gabriel de Melo, de Fraiburgo; o casal Janaina Moreira Soares da Rocha e Everaldo da Rocha, de Joinville.

De acordo com imagens registradas por moradores da região do acidente, o balão turístico pegou fogo durante o voo e caiu próximo a um posto de saúde no bairro Cachoeira. Algumas das vítimas morreram carbonizadas, enquanto outras despencaram da estrutura que se despedaçava no ar.

Os demais ocupantes – incluindo um paulista – sobreviveram após pular do cesto ainda no ar. Na lista estão o piloto Elvis de Bem Crescêncio e os passageiros Leciane Herrmann Parizotto, Thayse Elaine Broedbeck Batista, Marcel Cunha Batista, Claudia Abreu, Rodrigo de Abreu, Victor Hugo Mondini Correa, Laís Campos Paes, Tassiane Francine Alvarenga, Sabrina Patrício de Souza, Fernando da Silva Veronezi, Leonardo Soares Rocha e Luana da Rocha.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, quando a primeira leva de sobreviventes saltou da aeronave, o cesto ficou mais leve e, com isso, subiu novamente. Quem permaneceu a bordo não conseguiu escapar e acabou carbonizado.

Apuração

A causa do acidente é investigada pela Polícia Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Por meio de nota, a empresa Sobrevoar – responsável pelo balão – garantiu seguir todas as normas do setor e que não tem registros de acidentes anteriores. Suas operações estão agora suspensas temporariamente.

“Mesmo com todas as precauções e com o esforço de nosso piloto, que possui ampla experiência e adotou todos os procedimentos indicados, infelizmente sofremos a dor causada por essa tragédia”, diz o comunicado.

Conhecida como “a Capadócia Brasileira” (em referência à região da Turquia onde é intensa a atividade de balonismo recreativo), Praia Grande é um dos principais destinos da ativdade no Brasil. A cidade está localizada próxima à região dos cânions no extremo-sul catarinense e a cerca de 270 quilômetros da capital Florianópolis.

Três casos em uma semana

A tragédia ocorreu em uma semana marcada por outros dois acidentes com balões de turismo no País. O mais recente também foi registrado na manhã desse sábado, em Sorocaba (SP), com um pouso forçado após 35 quilômetros de passeio desde a cidade de Boituva. Todos as 15 pessoas a bordo sobreviveram, incluindo dez paraquedistas e cinco de seus familiares.

No domingo passado (15), em Capela do Alto (SP), a queda de um veículo semelhante e com mais de 30 pessoas causou a morte de uma de 27 anos. Outras 11 pessoas ficaram feridas. O piloto está preso preventivamente desde então, por homicídio culposo (relacionado a imperícia na operação da aeronave).

(Marcello Campos)

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