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Saída do ministro da Justiça expõe a pressão do PT para controlar a Polícia Federal, diz oposição

“Sem ter como se explicar, os investigados querem impor uma mordaça aos investigadores”, criticou o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy. (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

Líderes da oposição criticaram na segunda-feira a demissão do ministro José Eduardo Cardozo do comando do Ministério da Justiça. Para as lideranças, a saída de Cardozo expõe a pressão de petistas e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a PF (Polícia Federal), que investiga o próprio Lula. Segundo a oposição, a mudança é preocupante e enfraquece a presidenta Dilma Rousseff. Os líderes afirmam que qualquer tipo de ingerência sobre a corporação será denunciada e rechaçada.

“O que o PT e Lula querem é que o ministro da Justiça controle as atividades da Polícia Federal e as investigações que atingem membros do governo e do partido. Sem ter como se explicar, os investigados querem impor uma mordaça aos investigadores. Típico daqueles que são autoritários e querem colocar o Estado a serviço deles”, criticou o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA).

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que ficará atento a qualquer tentativa de “sufocação orçamentária” da PF. “A saída de Cardozo é uma exigência do Lula, que está sendo investigado pela PF. Cardozo está sendo removido porque não tinha ingerência sobre a PF”, afirmou. O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), igualmente relaciona a saída do ministro à pressão da legenda. “No PT, a lógica é inversa: quem está atrás das grades ou na iminência de parar lá é tratado como herói”, disse o parlamentar. (AG)

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