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Ícone do samba, Nelson Sargento morre de covid, aos 96 anos, no Rio de Janeiro

Sambista já havia sido vacinado contra o coronavírus. (Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio)

O sambista Nelson Sargento morreu aos 96 anos, nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como “Agoniza, mas não morre”, Sargento estava hospitalizado desde a semana passada, quando testou positivo para o coronavírus.

Em 2005, ele foi diagnosticado com um câncer de próstata. Uma de suas últimas aparições em público foi em 12 de fevereiro, no Museu do Samba. “Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile, mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.

No dia 26 de fevereiro, o sambista recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em casa. A primeira dose, em um ato simbólico no dia 31 de janeiro, marcou o início da imunização de idosos no Rio.

Carreira

Nascido em 25 de julho de 1924, no Rio, Nelson Mattos ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de uma rápida passagem pelo Exército. Foi ainda na adolescência que ele despontou na música. Mas apenas com 31 anos que o torcedor do Vasco da Gama compôs seu primeiro trabalho de sucesso.

Ao lado de Alfredo Português, em 1955, Sargento escreveu “Primavera”, samba-enredo que também ficou conhecido como “As quatro estações”. Até hoje, muitos consideram um dos sambas mais bonitos de todos os tempos.

Nos anos 1960, Sargento integrou o grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.

Entre seus parceiros de composição musical, estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca.

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