Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida como Sandrão, entrou com um processo contra a Amazon por causa de “Tremembé”, série lançada no mês passado. A ex-detenta pede R$ 3 milhões de indenização por danos morais, direitos de imagem e excessos na liberdade de expressão, além da remoção do seriado da plataforma de streaming. Na produção, ela é interpretada pela atriz Letícia Rodrigues.
O caso corre no Tribunal de Justiça de São Paulo e deve ser apreciado pela 1ª Vara Cível da Comarca de Mogi das Cruzes em primeira instância.
Sandrão foi condenada a 27 anos de prisão em 2003, após participar do sequestro e morte do vizinho, que tinha na época 14 anos, com outros três cúmplices.
Em contato com o jornal O Estado de S. Paulo, o advogado de Sandrão deu detalhes sobre ação e questionou a veracidade da produção. “A pergunta que eu trago no processo é a seguinte: Para obtenção de lucro ou vantagens, qual é o limite da informação? Quando a série diz ser baseada em fatos reais, de onde eles trouxeram aquela narrativa de que a Sandra estava no local do óbito do jovem, e ela quem determinou quem iria fazer o disparo? (…) Então, com base nisso, nós estamos pedindo indenização e a retirada da série do ar, porque ela distorce uma verdade processual”.
E concluiu: “Todos que foram presos no processo foram réus confessos. A Sandra foi condenada a 27 anos, entrou com uma revisão criminal e caiu para 24 anos. Qual era o motivo da revisão? Comprovar a sua participação [no crime]. Então, a Sandra apenas ligou para a família da vítima. Ela foi condenada com o máximo rigor da lei, mas a participação dela foi usar o telefone”.
Procurada pela reportagem, a Amazon diz que “não comenta sobre processos judiciais”.
No último dia 16, em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record, Sandrão negou, por exemplo, que tenha sido líder da penitenciária de Tremembé e manipulado nomes como da ex-namorada, Suzane von Richthofen. Ela afirmou que a intenção da produção foi desenhar uma pessoa que fosse pior do que a própria condenada por matar os pais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
