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Santa Catarina tem a menor taxa do País de pessoas consideradas desocupadas

O projeto de desoneração da folha engloba os 17 setores que mais geram empregos no País. (Foto: Reprodução)

O Estado de Santa Catarina teve a menor taxa de pessoas consideradas desocupadas do País durante o primeiro trimestre de 2020: 5,7%.

Os dados foram divulgados no final da última semana  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que apontou o índice. O número, porém, é 0,4% maior do que o registrado nos últimos três meses de 2019. Estatisticamente, contudo, o IBGE considera que a taxa é estável.

São classificadas como desocupadas as pessoas que não estão empregadas no período da pesquisa, que buscaram trabalho no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para iniciar um trabalho na semana da pesquisa.

A taxa de 5,7% representa 215 mil pessoas. O aumento de 0,4% representa 6 mil. A população de Santa Catarina levada em conta na pesquisa é de 7,206 milhões.

O rendimento mensal médio de todos os trabalhos no estado foi de R$ 2.569. Esse número se mantém estável. No último trimestre de 2019, a média foi de R$ 2.585.

Maranhão na contramão

O Maranhão fechou o 1º trimestre de 2020 com 424 mil pessoas desempregadas. A taxa de desocupação no estado foi de 16,1%, um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, em que a taxa foi de 12,1%. Em números absolutos, a quantidade de pessoas desocupadas no Maranhão aumentou em cerca de 100 mil, entre o 4° trimestre de 2019 e o 1° trimestre de 2020.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados, nessa sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa do IBGE aponta, ainda, que a taxa de desocupação das mulheres foi maior que a dos homens. No Maranhão, a taxa para as mulheres foi de 18,7%, enquanto para os homens foi de 14,7%. No recorte feito sob o critério de cor/raça, as populações preta e parda apresentaram números percentuais mais elevados que a população branca.

Força de trabalho

Quanto a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada), no 1º trimestre de 2020, o Maranhão teve a segunda maior taxa do Brasil, 41,9%. O estado só ficou atrás do Piauí, que teve 45%. No Brasil, esse indicador apresentou taxa de 24,4%.

Dentro da composição subutilização da força de trabalho estão os desalentados, e, no Maranhão, esse número aumentou em relação ao trimestre anterior. No 1º trimestre de 2020, esse número foi de cerca de 572 mil pessoas.

O percentual de desalentados (total de desalentados sobre o total da população na força de trabalho e desalentada), chegou, no Maranhão, no 1º trimestre de 2020, a 17,8%, bem maior que a média Brasil, que foi de 4,3%.

Quanto ao percentual de pessoas ocupadas no setor privado, mas sem carteira de trabalho assinada, no 1º trimestre de 2020 o Maranhão tinha uma média de 51,6%. Houve uma diminuição em relação ao 4º trimestre de 2019, no qual esse percentual era de 52,4%.

Em relação ao trabalho doméstico, o percentual de empregados sem carteira de trabalho assinada no estado foi de 89,7% no 1° trimestre de 2020, enquanto no trimestre anterior foi de 87,3%.

Informalidade

No índice geral de informalidade, o Maranhão teve o segundo maior percentual no ranking dos estados (60,7%), ficando atrás apenas do Pará (61,4%). Os ocupados no Maranhão, no 1° trimestre de 2020, totalizaram 1.354.000 na situação de informalidade.

Quanto a taxa de contribuição previdenciária, do total de pessoas ocupadas no Maranhão, 62,2% (1.375.000) não contribuíram no 1º trimestre de 2020 para instituto de previdência. No Brasil, o percentual de ocupados não contribuintes de instituto de previdência foi de 36,4%, formando um contingente de 33.799.000 pessoas.

Em relação aos trabalhadores por conta própria, no Maranhão o percentual foi de 32,8%, gerando uma força de trabalho nessa posição de 724 mil pessoas.

No Maranhão, do total de pessoas desocupadas, isto é, que estavam desempregadas, mas que procuraram emprego, no 1º trimestre de 2020, 30,3% estavam a procurar trabalho há dois anos ou mais. Esses 30,3% representavam 129 mil pessoas.

Já o rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas, levando-se em conta todos os trabalhos, no Maranhão, foi de R$1.409,00, o segundo pior montante do Brasil. Nessa categoria, o Maranhão fica atrás apenas do Piauí, que teve montante de R$1.401,00.

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