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Saúde contará com novos setores priorizando a transparência, afirma ministro

Perguntado sobre o que faria após deixar o ministério, Mandetta afirmou que ainda pensa no curto prazo e que irá contribuir com quem assumir a pasta. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Combate à corrupção e promoção de métodos que facilitem a transparência e a participação da sociedade na área da saúde. É isso o que o novo organograma do Ministério da Saúde irá priorizar, segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta. Com previsão de ser publicada ainda nesta semana, a proposta prevê a criação da Diretoria de Integridade e Normatização, composta por uma corregedoria e uma ouvidoria. A iniciativa conta com a colaboração de órgãos como Polícia Federal e Ministério Público.

Além dessas novidades, o novo organograma contará com a Secretaria Nacional de Atenção Primária, área classificada por Mandetta como porta de entrada de todo o sistema de saúde brasileiro, que necessita de qualificação. “Precisamos sair dessa discussão muito primária de como contratar o médico e passar imediatamente para o que esse médico vai fazer, como ele vai assumir a dificuldade que é fazer atenção primária no Brasil, como colocar a telemedicina à disposição de toda a rede nacional”, disse.

A pasta também sinaliza para a possibilidade de capacitar agentes comunitários em saúde como técnicos de saúde comunitária, para que os profissionais possam, durante as visitas domiciliares, realizar atividades como aferir a pressão arterial de um paciente. A ideia, de acordo com o ministro, é que eles possam atuar mais fortemente na prevenção e no controle de doenças, o que, segundo ele, caracterizaria uma grande revolução da atenção básica brasileira.

Mandetta disse ainda que a pasta contará, pela primeira vez, dentro do setor de atenção especializada, com uma diretoria para dialogar e estabelecer conexão com hospitais filantrópicos e da rede privada. “Nas estruturas anteriores, não havia um setor do ministério que dialogasse com as filantrópicas e com os hospitais privados. No caso das filantrópicas, elas respondem por quase 80% do atendimento de alta complexidade dentro do SUS [Sistema Único de Saúde]”, reparou o ministro.

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