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“Se Bumlai fez alguma coisa, não foi com meu aval”, disse Lula a aliados

O pecuarista José Carlos Bumlai foi preso na terça-feira, na 21ª fase da Operação Lava-Jato. (Foto: Reprodução)

Assessores diretos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiram na terça-feira com a tese de que ele foi surpreendido pela prisão de José Carlos Bumlai, de quem é amigo, pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato. A interlocutores, o ex-presidente tem repetido: “se ele [Bumlai] fez alguma coisa, não foi com meu aval”.

De acordo com o discurso de um colaborador do petista, “não se pode nem confiar no que o marido faz, o que dirá um amigo”. Apesar da preocupação, a recomendação é de que se acompanhe com calma o desdobramento das investigações. Na opinião de auxiliares, há conflito de informações. Segundo as apurações, a suspeita é de que Bumlai tenha repassado ao PT o dinheiro de um empréstimo efetuado junto ao Banco Schahin.

Delator na Lava-Jato, Salim Schahin, do grupo homônimo, diz que o empréstimo não foi pago. A quitação, escreveu o juiz Sergio Moro, se deu por meio da contratação do grupo Schahin para operar o navio-sonda Vitória 10.000, de 1,6 bilhão de dólares, cujo negócio teria sido intermediado pelo pecuarista. Bumlai nega e diz que quitou a dívida com embriões de gado. A vinculação entre o empréstimo do Schahin a Bumlai e o contrato do navio-sonda já tinha sido feita antes por outros delatores da Lava-Jato. (Folhapress)

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