A juíza de plantão no Foro Trabalhista de Porto Alegre, Noêmia Saltz Gensa, determinou que as agências bancárias não abram as portas nesta segunda-feira, caso se confirme a ausência de policiamento ostensivo nas ruas, em retaliação ao parcelamento de salários anunciado pelo Palácio Piratini.
A decisão consta em liminar deferida no domingo e é extensiva a todo o Rio Grande do Sul, em atendimento a uma ação judicial proposta pelo Sindicato do Bancários em conjunto com a Fetrafi-RS (Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Estado).
A ação foi ajuizada no sábado, um dia depois que entidades de servidores das polícias Militar e Civil prometeram, para esta segunda-feira, atender somente as ocorrências mais graves. Na avaliação da categoria, não há garantias de segurança para bancários e clientes, nem mesmo nos terminais de autoatendimento. O SindBancários e Fetrafi-RS recomendam, no entanto, que os trabalhadores do setor compareçam aos postos e agências para que sejam avaliados possíveis riscos de permanência nesses locais.
Outros serviços
Nas escolas estaduais não haverá aula e os professores pedem que os pais deixem os filhos em casa. Quanto ao setor privado, cada colégio decidirá a melhor opção.
Já nos hospitais e postos de saúde públicos, embora o sistema seja municipalizado, os servidores estaduais foram orientados a cruzar os braços. A falta de policiais poderá afetar também o transporte público de Porto Alegre, cujos representantes agendaram reunirão para o início da manhã, a fim de decidir se haverá circulação de ônibus. O Trensurb, que opera com segurança privada, não deve ser afetado.
A intenção também é de normalidade entre os estabelecimentos comerciais. Essa é a orientação oficial do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre), com a recomendação de que haja especial atenção a movimentos suspeitos. (AG)