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“Se o deputado não apoia o governo, também não vai participar do governo”, diz Michel Temer

Presidente fez um balanço de seu um ano de governo. (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Michel Temer, que completa 1 ano de governo, hoje, diz que, com as reformas, não será preciso aumentar impostos. Em entrevista, admite que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças na Previdência, mas acredita que chegará a 320. E que só pedirá para votar quando tiver os “votos cravados”.

Para ele, só participará do governo quem apoiar sua gestão. “Se o deputado não apoia o governo, também não vai participar do governo”, diz. Ao completar hoje um ano no poder, após a saída temporária de Dilma Rousseff do Planalto quando o Senado abriu o processo de impeachment, Temer faz um balanço positivo de sua gestão, destacando as reformas que vêm sendo implementadas e a melhora na perspectiva econômica.

O presidente diz não se incomodar com seus 9% de aprovação popular, embora faça questão de ressaltar que ela aumentará, e afirma que a oposição a suas iniciativas no Congresso tem como fundo questões de natureza política, e não de conteúdo. Temer admite que o governo ainda não tem garantidos os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, mas se mostra confiante de que nas próximas semanas chegará ao patamar de 320 votos necessários para ter margem de segurança na votação.

O presidente admite, em entrevista para o jornal “O Globo”, que, na estratégia de conquista de votos para a Previdência, o governo tem retaliado parlamentares infiéis que votaram contra a reforma trabalhista e ironiza as exonerações de apadrinhados: “O deputado que não pode votar com o governo se sente desconfortável quando tem indicado”, sentencia. Temer diz não se sentir fragilizado por ser citado na Lava-Jato, mas reconhece que o envolvimento de seus mais próximos auxiliares não foi algo confortável: “Mas não atrapalhou o governo, o governo continua”. (AG)

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