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Segurando a boiada

A avaliação dos ministros Palacianos da presidente Dilma é a de que não houve gafe do vice Michel Temer, no “vazamento” de áudio em que ele conclama uma frente para novo Governo, em discurso de 13 minutos. Para o Palácio, foi um apelo na tentativa de segurar os votos que ainda tem, diante da perspectiva de vários deputados “comprometidos” com o vice se debandarem para o lado de Dilma.

Recado dado

Para muitos peemedebistas e uma frente suprapartidária na Câmara, o recado de Temer foi claro: fiquem comigo que seguro a barra.

Motivo$

Os motivos para a debandada pró-Dilma já foram citados aqui. São 1 milhão de razões para votar por ela, e umas 400 mil para indecisos não comparecerem ao plenário.

Rei da selfie

Jovair Arantes, relator do impeachment de Dilma na comissão, foi tratado como rei em Goiânia em encontros no fim de semana. Já não descarta disputar a prefeitura.

O Front

O ministro do Gabinete, Jaques Wagner, está tão seguro de que o Planalto consegue segurar a presidente que já defende a saída do vice Michel Temer, a partir de segunda-feira, para evitar constrangimentos ao Palácio. Berzoini (Governo) continua a monitorar a planilha dos votos, e Lula, a receber para café na suíte presidencial do Royal Tulip.

Calma, gente

“Vai pra Cuba, ladrona, canalha, corrupta velha”, foram os gritos de manifestantes no aeroporto Afonso Pena (Curitiba) desferidos em direção à senadora petista Gleisi Hoffman. Ela respondeu com um sorriso, “boa noite e obrigada”.

Capitães da nau

Os deputados Arlindo Chinaglia e Paulo Teixeira, ambos do PT paulista, tomaram a frente do combate ao boato, segundo eles, de que haverá desfiliação coletiva do partido na Câmara. Escreveram uma nota a quatro mãos.

Consenso

“Querem criar um clima de crise que não existe”, sugere Chinaglia. Paulo Teixeira consente.

Mico

A que ponto chegou a crise de credibilidade. A polícia do Paraguai recuperou uma picape Nissan roubada em Foz do Iguaçu. Era da Força Nacional de Segurança.

No muro

O PR permanece como sempre esteve desde o começo do processo de impeachment: em cima do muro. O líder da legenda, Maurício Quintella (AL), tenta conter o movimento da ala rebelde. “Decisão só depois do impeachment. Está dito”, repete Quintella.

Aposta

O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), faz cálculos. “Será possível que os caras vão colocar 342 votos no plenário? Impensável. Vamos derrubar [o impeachment] no plenário”, prevê. Não pelo apoio a Dilma, mas por ausência do lado oposto.

Vida & Arte

Vinte e dois anos após de interpretar o capitão Lamarca, o ator Paulo Betti assumiu o tom guerrilheiro em defesa da presidente Dilma: “Um golpe está sendo preparado hoje no Brasil, só não vê quem não quer; não vamos esmorecer”.

Sigilo Moro

As empresas responsáveis pela instalação de outdoors em homenagem ao juiz Sérgio Moro não estão autorizadas a revelar quem são os contratantes nem o valor do serviço.

Ponto Final

“O povo brasileiro deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege um político, destituir esse político.”

Do ex-presidente Lula, em 1992, sobre o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

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