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A Arábia Saudita e seus aliados ficaram satisfeitos com as palavras de Donald Trump sobre o Catar

Em maio, Trump se encontrou com o rei Salman Al Saud. (Foto: Reprodução)

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que nesta semana decidiram pelo rompimento de relações diplomáticas com o Catar, expressaram a sua satisfação após as declarações do presidente norte-americano Donald Trump sobre o assunto. O polêmico líder republicano pediu que o país deixe de financiar “imediatamente o terrorismo”.

Na sexta-feira, o chefe da Casa Branca havia acusado “a nação do Catar” de ter “apoiado historicamente o terrorismo, em um nível muito alto e principalmente financeiro”. Ele também pediu que o emirado, assim como os demais países da região, atue de forma mais incisiva e urgente contra o extremismo religioso.

Citando uma fonte oficial, a agência oficial de notícias SPA, da Arábia Saudita, revelou nesse sábado a boa acolhida a essas palavras no reino.
O embaixador dos Emirados Árabes em Washington (EUA), citado pela agência oficial WAM, disse que Trump demostrou a sua “liderança” ao se referir ao Catar e seu “preocupante apoio ao extremismo”.

O reino de Bahrein também elogiou as declarações do presidente norte-americano, segundo a agência oficial BNA. “O Catar deve agora se comprometer, de forma transparente, com os esforços internacionais na área de contraterrorismo”, relatou.

Encontro

No dia 20 de maio, Donald Trump foi recebido com pompa e circunstância na capital saudita, Riad. Fotos deele ao lado do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud decoravam a cidade, que abrigou 50 líderes muçulmanos para dar as boas-vindas ao norte-americano. A mensagem era clara: “Que alívio, o presidente Barack Obama foi embora!”.

Os líderes sauditas tinham ojeriza ao então presidente democrata, que viam como um líder fraco e que se aproximou do Irã, nêmesis da Arábia Saudita, ao negociar um acordo nuclear com o país. Riad também se ressentia da relutância do chefe anterior da Casa Branca em intervir na guerra da Síria, onde o ditador Bashar al-Assad é apoiado por Teerã.

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