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Semana Santa tensa para governistas e oposicionistas

De um lado, os governistas apostam que a Semana Santa será de “ressurreição”, após as fortes manifestações de apoio popular observadas na sexta-feira. Por outro, os oposicionistas dizem que o período de Páscoa será de “crucificação”, após a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que cancelou a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil e o devolveu às garras do juiz federal Sérgio Moro.

Opiniões à parte, os próximos dias serão decisivos para o Palácio do Planalto. E, como não haverá sessão da Corte até o fim do mês, o debate sobre a crise ficará concentrado no Congresso Nacional, onde 65 parlamentares integram a Comissão Especial da Câmara dos Deputados encarregada do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Pesquisa divulgada pelo escritório de consultoria política Arko Advice indica uma disputa acirradíssima. Até o momento, o grupo tem 32 parlamentares a favor do afastamento da chefe do Executivo, 31 contra e dois indecisos. E esse quadro pode mudar rapidamente.

Já em uma enquete com cem deputados de 23 partidos políticos, 62% dos entrevistados disseram acreditar que o parlamento aprovará o impeachment. “Em fevereiro, eles representavam 24,5%”, frisou o cientista político Murilo Aragão, diretor da Arko. “Em apenas três semanas, o índice quase triplicou.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que está empenhado em acelerar o julgamento e liquidar o caso em 30 dias. Ele promete que a segunda sessão no plenário já ocorrerá nesta segunda-feira. (AD)

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