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Senado adia votação de projeto de abuso de autoridade

Renan está em guerra com o Judiciário e o Ministério Público e aprovar a legislação de abuso de autoridade era uma prioridade sua. (Foto: Reprodução)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não conseguiu levar adiante nesta quarta-feira (14) seu projeto de abuso de autoridade.

Sem nem mesmo conseguir votar os requerimentos para retirar o tema de pauta, Renan se viu obrigado a encaminhar a proposta para discussão na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Foi a segunda derrota do peemedebista em 15 dias. No último dia 30, o Senado rejeitou um requerimento de urgência para votar o pacote de medidas anticorrupção aprovado horas antes pela Câmara.

“A maioria da base está para não votar”, disse ao jornal Folha de S.Paulo o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Nunes Ferreira (PSDB-SP), antes de Renan abrir mão de votar a proposta.

Senadores governistas e de oposição que defendem a proposta, mas não queriam defendê-la sem ter maioria para aprovar o texto articularam uma saída alternativa – pediram que fosse definida uma data, no próximo ano, para que o projeto fosse votado.

“Se o momento não é este, qual o momento?”, questionou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Com a retirada de pauta, Renan não conseguirá mais votar a proposta com a Casa sob seu comando. Em fevereiro, quando o Congresso voltará às atividades, o Senado já terá um novo presidente.

Calheiros está em guerra com o Judiciário e o Ministério Público e aprovar a legislação de abuso de autoridade era uma prioridade sua.

 

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