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Sérgio Moro nega ter tentado favorecer Ronaldinho Gaúcho

Moro apresentou provas contra Bolsonaro à PF. (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que não tentou interferir junto a autoridades paraguaias em favor do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que está preso em Assunção após ter tentado entrar no país usando documentos falsos. Moro admitiu que entrou em contato com o ministro do interior do país, Euclides Acevedo, mas que não fez nenhum pedido para beneficiar o ex-jogador. As declarações foram feitas em entrevista ao programa Central GloboNews.

Houve um equívoco de comunicação. Recebi informação de que o jogador estaria preso e, veja, é um cidadão brasileiro, um ídolo nacional. Eu apenas fiz uma ligação para colher informações sobre o que tinha acontecido. Em nenhum momento houve qualquer interferência à soberania paraguaia”, afirmou o ministro Moro.

Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis, foram presos no Paraguai no dia 6. A polícia do país atestou que a dupla usava passaportes e carteiras de identidade paraguaias que, posteriormente, foram consideradas falsas. A dupla teve a prisão decretada pela justiça paraguaia.

Nos últimos dias, Acevedo revelou ter sido procurado por Moro e disse que o ministro perguntou se a dupla poderia ser posta em liberdade. O ministro paraguaio disse ainda que Moro parecia não ter gostado da prisão do ex-craque do Barcelona e da seleção brasileira.

Ainda sobre o assunto, Moro reiterou que não fez nenhum pedido a Acevedo.

Foi conversado com o ministro do interior do Paraguai, mas nesse nível de saber o que estava acontecendo. Até porque o ministro do interior do Paraguai não tem interferência no sistema de justiça. Veja, eu não faria um pedido desses no Brasil. Por que faria no Paraguai?”, afirmou Moro.

A Justiça paraguaia negou o pedido de revogação da prisão preventiva e troca pela prisão domiciliar feito pela defesa do ex-jogador. A Justiça determinou que eles precisavam permanecer em um presídio durante a investigação. O inquérito pode durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. Os advogados agora trabalham para recorrer à Segunda Instância. A defesa alega que o ex-jogador não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado.

A defesa do ex-jogador considera a prisão “ilícita, ilegal e abusiva”. Na terça-feira, eles chegaram a oferecer como garantia o imóvel que serviria como prisão domiciliar, no valor de US$ 770 mil dólares (cerca de R$ 4 milhões), mas o juiz negou a oferta. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

 

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