Ícone do site Jornal O Sul

Servidores estaduais aprovam greve de três dias e invadem assembleia legislativa

Servidores invadiram a Assembleia Legislativa após uma assembleia unificada do funcionalismo público gaúcho. (Foto: Lucas Uebel/ o Sul)

A assembleia-geral unificada, considerada inédita, dos servidores públicos gaúchos, realizada ontem, aprovou a paralisação da categoria por três dias. Após a decisão, ocorrida no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre, os manifestantes se dirigiram para a Praça da Matriz, onde invadiram o prédio da Assembleia Legislativa do RS e ocuparam as galerias do plenário.
O funcionalismo estadual   protesta contra o parcelamento de salários, pede a defesa dos serviços públicos, a retirada de  projetos de ajuste fiscal e a nomeação de novos servidores.
Conforme o presidente da Fessergs (Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do RS), Sérgio Arnoud, a maioria das  entidades representantes do funcionalismo participou do debate que decidiu pela greve.
Segundo a Brigada Militar, 30 mil pessoas participam do ato. A Fessergs contabilizou 50 mil pessoas.

Durante o período de paralisação, que conta com a adesão de policiais civis, apenas os flagrantes e os crimes considerados graves serão atendidos pela polícia.  Técnicos-científicos e fiscais agropecuários também estão no grupo que aderiu ao movimento. Segundo o Cpers- Sindicato, não haverá aula nas escolas estaduais até sexta-feira.

Invasão
Após a assembleia, manifestantes ocuparam as galerias do plenário, onde ocorria sessão. Os seguranças da Casa chegaram a armar barricadas para evitar o acesso dos manifestantes ao plenário, mas os servidores se mantiveram nas galerias.
Com a invasão, alguns deputados que estavam em sessão plenária decidiram deixar o local, mas a maioria dos parlamentares continuou votando as pautas do dia.

Corte de ponto

Logo depois de os servidores decidirem pela greve, o governador José Ivo Sartori anunciou, em uma rápida  entrevista, que irá cortar o ponto dos grevistas. “Não há motivo para paralisação. Determinei aos secretários de Estado que presença será presença e falta será falta. O ponto será controlado”, advertiu. O chefe do Executivo  gaúcho apelou aos funcionários estaduais para que se mantenham em atividade normal. “Solicito a todos os servidores que pelo bem da sociedade e pelo bem do Rio Grande, não paralisem os serviços.” (Jacqueline Guedes)

Sair da versão mobile