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Sete perguntas para entender a crise na Venezuela e como a situação pode mudar

Protestos, muitos deles com enfrentamentos violentos, se transformaram em rotina (Foto: AFP)

A crise na Venezuela ganhou um novo capítulo nesta semana com o anúncio de que o país vai abandonar a OEA (Organização dos Estados Americanos). Será a primeira vez que um Estado-membro decide deixar por conta própria a organização multilateral desde sua criação, em 1948. Sete perguntas explicam a crise na Venezuela.

1 – Quando começaram os protestos?

Na Venezuela, governo e oposição parecem viver em permanente enfrentamento, mas essa nova onda de protestos tem uma data inicial: 31 de março de 2016. Dois dias antes dessa data, o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano emitiu uma sentença assumindo as funções da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, enquanto o Legislativo estivesse “em desacato”.

2 – O que há de novo ou de diferente no enfrentamento de agora?

A Suprema Corte venezuelana atribuiu à Assembleia a situação de desacato porque o Legislativo decidiu incorporar, em agosto de 2016, três deputados do Estado do Amazonas mesmo depois de a eleição dos mesmos, em dezembro do ano anterior, ter sido impugnada.

3 – Qual é o pano de fundo dos protestos?

Há na Venezuela uma prolongada crise econômica, que colocou a maioria dos venezuelanos numa situação muito pior que a vivenciada na época dos protestos de 2014. A queda dos preços do petróleo tem reduzido ainda mais os recursos do Estado.

4 – O que a oposição quer?

A principal demanda dos que se opõem ao governo de Maduro é antecipar as eleições presidenciais, originalmente previstas para outubro de 2018.

5 – O que diz o governo?

O governo de Nicolás Maduro tem classificado as ações da oposição venezuelana como uma ofensiva golpista. 

6 – Quais são os possíveis cenários daqui para frente?

Apesar de serem consideradas pequenas as possibilidades de as negociações entre governistas e oposicionistas alcançarem resultados concretos.

7 – Como a Venezuela vai sair da OEA?

Nunca antes um Estado-membro decidiu abandonar a OEA por conta própria.

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